As razões do futebol e a pandemia

Me anima, sempre, discorrer acerca das razões do futebol, esporte que no Brasil nos ajudou a compreender nossas manias, defeitos e potencialidades.

Seja como indústria de entretenimento, simulação das nossas possibilidades motoras e lúdicas, gosto pela façanha, instinto de competição física, o simbolismo, etc, etc e etc.

A modalidade, que nos deu a majestade de Pelé e a poesia de Garrincha, já foi considerada até como modelo a ser seguido pelo país na sua condução.

Não, mil vezes não.

O futebol não deve sair de suas dimensões e servir como exemplo do que uma Nação deve fazer com a sua economia, educação e saúde.

Tampouco deve ser tratado como caixa de pandora de uma infeliz pandemia, como se fosse responsável pelo seu agravamento.

Busco uma medida, onde o futebol não possa ter contribuído para evitar os males impostos pelo vírus.

Ele esvaziou os seus estádios, impôs um enorme prejuízo para obediência às normas sanitárias protocolares.

Por isso mesmo, continuo não aceitando essa caça implacável aos campeonatos estaduais, enquanto outras competições seguiram seus cursos normais.

Nunca me convenceram as justificativas apresentadas, segundo as quais, os cuidados sanitários eram menores ou insuficientes.

O nosso já massacrado campeonato estadual, cheio de equipes que se dissolveram, não tem ainda autorização para voltar.

Não seria melhor o seu cancelamento?

Hein, Federação Cearense?

Até agora, nenhum plano de apoio financeiro aos clubes menores foi elaborado, pelo que sei, colocando essas agremiações em situação de penúria.

De novo, pedimos: deixem que o futebol contribua para deixar a nossa vidinha menos triste.