Barroca encontrou no Ceará farto material para trabalho artesanal.
Um teia, onde uma ponta fica pronta enquanto a outra se desmancha. Sobram vulnerabilidades.
As peças não ficam harmonizadas, arredondadas, sei lá como dizer direito. A espera de uma centelha criadora.
Não há estilo autoral do treinador, como proclamam certos articulistas. Falando sério, ele faz o que pode com o que tem.
Esse tear exige muita paciência, matéria-prima difícil de se encontrar no futebol.
O solo individual é muito pobre, porque sustentado por poucos como Richard, Chay (nos últimos jogos), Erick, etc,etc,etc.
Ninguém pode ficar contente com essas profundas limitações.
Jogadores até que correm, fazem força. Mas, como proclamou Adílio, "é melhor o passe do que a correria, pois a bola não sua".
O Ceará, com o elenco atual, não está a permitir que se crie euforia em torno dele.
Nas fases de angústia de um time, é preciso encontrar um culpado.
Como de praxe, o treinador é o escolhido. Ou tem mais candidatos?