O poeta Carpinejar diz em poesia que a bola emburrece quem não a trata bem.
E acrescenta, na levada poética, que a bola cospe o que não gosta.
A um razoável tempo que a bola não tem se dado muito bem com o time do Ceará.
Na partida contra o Bragantino, o alvinegro foi a campo sem almejar muito o contato com a bola.
A recíproca foi verdadeira: uma penalidade cobrada três vezes, para que a bola resolvesse beijar as redes adversárias.
Em consequência disso, perdas acumuladas têm provocado prejuízos na saúde mental de quem joga e de quem torce.
Estado anímico, próximo de um ponto crítico.
Vina, por exemplo, não anda com a alma apaziguada.
Quanto à torcida alvinegra, essa só pensa em protestar, como forma de descarregar o desalento.
A zona que ninguém quer e apavora todo mundo, está muito próxima.
O argentino Lucho González, que assume a direção técnica do Ceará, vai ter que mexer com as placas tectônicas da equipe.
Ou, em termos mais populares: "mexer a cocada".
A máquina de moer técnico de Porangabuçu precisa ser desativada.