Antes que saíssemos de portão em portão dos estádios, pedindo um bom jogo de futebol, pelo amor de Deus, o Fortaleza fez boa partida contra o Bahia e o Ceará encheu de gols o Sport, em Recife.
Agradecemos o milagre e esperamos que parem de dizer: “Já faz tempo que passou o tempo de Enderson Moreira à frente do Fortaleza”.
Da mesma forma, reforçamos a crença de que o Ceará, com o material humano colocado na segura orientação de Guto Ferreira, jogue até mais do que jogou na Veneza brasileira.
Criticar com veemência não é pecado, quando é preocupante observar a capa de apatia que se coloca no futebol, com indisfarçável naturalidade.
Não é tarefa difícil detectar quando opiniões envilecidas procuram criar uma euforia do nada, uma alegria desinformada.
Entusiasmo não se inventa.
É fato verdadeiro a queda da qualidade do futebol no Brasil, em que mesmo os clássicos arrebatadores estão perdendo a essência.
Os jogos são parecidos. Os times parecem ter saído da mesma fôrma.
Quando uns rapazes da Universidade de Cambrigde, na Inglaterra, deram o pontapé inicial na criação do futebol e passaram a ter plateia, foi porque alguns deles eram bons de bola.
Os melhores trataram logo de criar regras e táticas, com o fito de dar qualidade a invenção que nós, brasileiros, aperfeiçoamos.
Não podem prosperar as críticas condescendentes, mais preocupadas em salvar as aparências.