Já sabíamos que a Copa do Mundo não seria um "passeio sul-americano" para nossa seleção.
Enfrentar equipes europeias retrancadas não tem a leveza de encarar nossos vizinhos da América do Sul.
Logramos vencer os dois primeiros jogos, superando posições retrancadas de Sérvia e Suíça.
Já o nosso próprio desafio é romper a rigidez excessiva do esquema adotado.
Explico. Em comentários anteriores, imaginamos uma equipe brasileira mais anárquica, no melhor sentido da palavra.
A seleção de Tite não é isso. Pelo contrário, é muito equilibrada, com cada jogador consciente de sua função.
É aí onde entra a importância de jogadores como Neymar e Vinícius Júnior, principalmente, para implantar a "anarquia" no time. Rafinha deveria, também, participar dessa conta.
Se não for capaz disso, a seleção pode mergulhar em sérias dificuldades.
Neymar se machucou e, dos pontas abertos, apenas Vinícius Júnior tem dado resposta.
Por dentro, no "talo", Casemiro tem se desdobrado, para compensar a inibição de Paquetá e Fred.
Pelos lados, a orientação parece ser para que Militão e Alex Sandro não se animem demais em apoiar.
Atacar com cinco e, sem a bola, defender-se, no mínimo, com cinco, é o que se pretende que funcione.
De preferência, com criatividade e desempenho individual à altura dos desafios.
É a nossa opinião.
Opinião é como vacina. Todo mundo toma a sua e ninguém se dá mal.