A seleção dos primeiros jogos

Confira a coluna desta quarta-feira (1º) do comentarista Wilton Bezerra

Já sabíamos que a Copa do Mundo não seria um "passeio sul-americano" para nossa seleção.

Enfrentar equipes europeias retrancadas não tem a leveza de encarar nossos vizinhos da América do Sul.

Logramos vencer os dois primeiros jogos, superando posições retrancadas de Sérvia e Suíça.

Já o nosso próprio desafio é romper a rigidez excessiva do esquema adotado.

Explico. Em comentários anteriores, imaginamos uma equipe brasileira mais anárquica, no melhor sentido da palavra.

A seleção de Tite não é isso. Pelo contrário, é muito equilibrada, com cada jogador consciente de sua função.

É aí onde entra a importância de jogadores como Neymar e Vinícius Júnior, principalmente, para implantar a "anarquia" no time. Rafinha deveria, também, participar dessa conta.

Se não for capaz disso, a seleção pode mergulhar em sérias dificuldades.

Neymar se machucou e, dos pontas abertos, apenas Vinícius Júnior tem dado resposta.

Por dentro, no "talo", Casemiro tem se desdobrado, para compensar a inibição de Paquetá e Fred.

Pelos lados, a orientação parece ser para que Militão e Alex Sandro não se animem demais em apoiar.

Atacar com cinco e, sem a bola, defender-se, no mínimo, com cinco, é o que se pretende que funcione.

De preferência, com criatividade e desempenho individual à altura dos desafios.

É a nossa opinião.

Opinião é como vacina. Todo mundo toma a sua e ninguém se dá mal.