Compreendemos a ira da torcida alvinegra. Os fracassos acumulados na temporada foram além do suportável.
A questão política é delicadíssima, quando se exige a renúncia do presidente Robinson de Castro.
Em uma hora dessa, é preciso chamar os bombeiros, para evitar a propagação do incêndio.
O presidente não é obrigado a renunciar em razão do ano infeliz de sua gestão nas quatro linhas do gramado.
Não estamos fazendo nenhuma defesa da disposição de Robinson em se manter no cargo.
Mas, é preciso saber que não se muda um dirigente eleito como se muda treinador no futebol brasileiro.
As pressões sobre o comando do clube devem ser feitas. Entende-se. Mas, não podem ser selvagens.
Embora seja uma hora difícil, vai chegar o momento de encerrar o luto pela queda da série A.
Enxuga-se as lágrimas, reforça-se a devoção pelo clube, para tirá-lo da enrascada em que se meteu.
Afinal, nenhum escândalo marca a administração alvinegra.
Primeiro, tem que se reconhecer o problema para depois atacá-lo, com a serenidade exigida.
*Este texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.