Senadores protocolaram, nesta terça-feira (28), o requerimento que pede a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades no Ministério da Educação (MEC). Dois senadores cearenses assinaram o documento em apoio.
Os parlamentares Cid Gomes (PDT) e Tasso Jereissati (PSDB) assinaram o requerimento em apoio às investigações no Parlamento. Já o senador Eduardo Girão (Podemos) defende que as averiguações sejam feitas por outras instâncias, como Ministério Público, Polícia Federal, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas da União.
Girão argumenta que uma CPI às vésperas da eleição pode ganhar outros contornos, ao invés de se prender em investigar supostos atos de corrução no Ministério da Educação.
A coluna procurou as assessorias de Tasso e Cid para comentar o assunto e aguarda retorno.
Tramitação
O protocolo foi realizado pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Jean Paul Prates (PT-RN) e Jorge Kajuru (Podemos-GO). A expectativa dos parlamentares é que o texto seja lido em plenário até quinta-feira (30).
"O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, é um constitucionalista e sabe que CPI é direito constitucional de minoria. Para ser instalada, precisa de apenas três requisitos: número de assinaturas, fato determinado e tempo de funcionamento. Os três estão contidos aqui", disse.
Ainda de acordo com o senador, "o presidente Pacheco foi claro em dizer que cumpriria a Constituição e o Regimento Interno do Senado. Minha expectativa é de que, nas próximas 48 horas, este requerimento seja lido pela Mesa do Senado".