Patrocinador da candidatura de Roberto Cláudio (PDT) ao Governo do Estado no ano passado, o PSD dá indícios em 2023 de que não quer problemas com o Palácio da Abolição.
Ex-candidato a vice-governador na aliança com o ex-prefeito de Fortaleza, Domingos Filho declarou à coluna que o partido ainda vai discutir o assunto internamente, mas adiantou que o "PSD não tem disposição de estar fazendo oposição" ao governador Elmano de Freitas (PT).
O dirigente lembra que a sigla já era base do governo Camilo Santana (PT) e que também está aliado ao PT em âmbito nacional. O PSD, segundo ele, está "esperando os acontecimentos".
"Na verdade estamos numa posição de independência, esperando os acontecimentos e ver a disposição do governador de recompor a base", disse o ex-deputado.
Elmano – em um claro sinal de esforço para fortalecer a base – já declarou durante visita à Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) que quer conversar com os 46 deputados estaduais.
No parlamento, o PSD elegeu três deputados estaduais: Fernando Hugo (PSD), Gabriella Aguiar (PSD) e Lucílvio Girão (PSD). Fernando Hugo, inclusive, pleiteia o posto de presidente na Comissão de Direito do Consumidor.
2024
Dirigente experiente, Domingos Filho preferiu não se antecipar sobre o futuro do partido para a disputa municipal em Fortaleza no ano que vem.
Mas minimizou qualquer desgaste que o prefeito José Sarto (PDT) possa enfrentar na Capital. "Evidente que uma avaliação momentânea que não seja das melhores não quer dizer que seja o resultado da eleição", pontuou.
Domingos, no entanto, entende que o fato de Sarto ser o prefeito ganha uma certa preferência para uma nova candidatura no ano que vem.
"Evidente que quem é prefeito sempre parte na frente com uma possibilidade positiva disso, mas cada eleição tem a sua história", finalizou.