O presidente do PT Fortaleza, deputado estadual em exercício Guilherme Sampaio, rebateu as críticas do ex-governador Ciro Gomes (PDT) envolvendo o ministro Camilo Santana (PT) e o irmão, senador Cid Gomes (PSB).
Em contato com a coluna, o dirigente argumentou que "o Ciro, no seu egocentrismo, não consegue admitir o erro fatal que cometeu ao apostar na ruptura da aliança no Ceará" nas eleições de 2022.
A liderança política no Estado, segundo o deputado, já não era exercida pelo ex-ministro há muito tempo. "O Ciro, há muitos anos, não era liderança política no Ceará. Essa liderança vinha sendo exercida pelo Cid, e, com o governo do Camilo, foi sendo compartilhada, e que depois (Camilo) virou o protagonista", declarou.
Guilherme também afirmou que falta "autocrítica" e "humildade" ao ex-presidenciável, e que "a resposta (a essas declarações) está vindo nas urnas".
Ditadura
O dirigente petista também lamentou o fato do uso do termo "ditadura" por parte do pedetista.
"Eu acho uma verdadeira desfaçatez o Ciro usar termos como ditadura depois de um processo eleitoral em que ele colocou a democracia brasileira em risco. Ele fez o papel de linha auxiliar do bolsonarismo nas eleições de 2022. Dedicou parte da campanha a atacar o presidente Lula e o PT", destacou.
Críticas
Nesta quarta-feira (20), Ciro, ao criticar ex-aliados, lamentou a trajetória dos ex-governadores Cid e Camilo nos últimos anos.
“Eu fico tomando notícias porque eu deleguei ao Cid e ao Camilo, porque eu ajudei a fundar esses dois, essas duas personalidades, eu tenho segurança que fiz pensando no bem do Ceará, não quis para mim, nunca fui candidato outra vez e tal, eu criei a vida desses dois e eu nunca pensei que aquilo que eu estava fazendo fosse resultar nisso", declarou.
Ciro rompeu com os líderes nas eleições de 2022 quando apoiou Roberto Cláudio (PDT) para a disputa ao Governo do Estado. O ex-prefeito terminou a disputa em terceiro lugar.