As famílias cearenses têm potencial para consumir R$ 184 bilhões em produtos e serviços ao longo de 2023. A estimativa é da tradicional pesquisa da IPC Maps, cujos dados locais foram obtidos com exclusividade por esta Coluna.
O montante representa um incremento de 3,6% sobre o apurado no ano passado, quando o levantamento registrou R$ 178 bilhões.
O Ceará continua na 10ª posição nacional neste indicador, enquanto Fortaleza fica na 7ª colocação.
A área em que as famílias cearenses mais gastarão ao longo de 2023 é a de habitação, cujo potencial ultrapassa R$ 37 bilhões. O segundo lugar fica com a categoria alimentação em domicílio (R$ 19 bilhões) e o terceiro, com veículo próprio (R$ 17 bilhões).
Conforme o levantamento, a Classe B do Ceará é a principal consumidora, sendo responsável por R$ 61 bilhões, o equivalente ao quádruplo da cifra da Classe A (R$ 15 bilhões) e ligeiramente superior à Classe C (R$ 54 bi). Já as faixas de renda D e E deverão girar R$ 31 bilhões.
O estudo também traz o ranking das cidades cearenses com os maiores potenciais consumidores. Naturalmente, esta lista é liderada por Fortaleza, cuja população pode fazer rodar quase R$ 80 bilhões neste ano. Caucaia e Juazeiro ficam na segunda e terceira colocações, respectivamente.
Somente 24 dos 184 municípios cearenses possuem margem de consumo superior a R$ 1 bilhão. Na ponta oposta, ou seja, as cidades de economias mais frágeis, cinco delas não atingem sequer a marca de R$ 100 milhões. São elas: Moraújo, Baixio, Potiretama, Guaramiranga e Granjeiro, esta última sendo a pior colocada do ranking
Ranking de consumo das cidades 2023
- FORTALEZA: R$ 79,7 bilhões
- CAUCAIA: R$ 8,2 bilhões
- JUAZEIRO DO NORTE: R$ 5,4 bilhões
- MARACANAÚ: R$ 4,7 bilhões
- SOBRAL: R$ 4,2 bilhões
- CRATO: R$ 2,8 bilhões
- IGUATU: R$ 2,1 bilhões
- MARANGUAPE: R$ 2,1 bilhões
- ITAPIPOCA: R$: 1,7 bilhão
- AQUIRAZ: R$ 1,59 bilhão
- PACATUBA: R$ 1,56 bilhão
- QUIXADÁ: R$ 1,47 bilhão
- CRATEÚS: R$ 1,41 bilhão
- RUSSAS: R$ 1,39 bilhão
- CASCAVEL: R$ 1,34 bilhão
- PACAJUS: R$ 1,30 bilhão
- QUIXERAMOBIM: R$ 1,28 bilhão
- EUSÉBIO: R$ 1,28 bilhão
- HORIZONTE: R$ 1,27 bilhão
- ARACATI: R$ 1,25 bilhão
- TIANGUÁ: R$ 1,20 bilhão
- CANINDÉ: R$ 1,15 bilhão
- LIMOEIRO DO NORTE: R$ 1,14 bilhão
- BARBALHA: R$ 1,057 bilhão
- MORADA NOVA: R$ 957 milhões
- ICÓ: R$ 951 milhões
- CAMOCIM: R$ 934 milhões
- TAUÁ: R$ 894 milhões
- BREJO SANTO: R$ 841 milhões
- SÃO GONÇALO DO AMARANTE: R$ 824 milhões
Dados nacionais
As famílias brasileiras deverão gastar cerca de R$ 6,7 trilhões ao longo deste ano, o que representa um aumento real de 1,5% em relação a 2022.
Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pelo estudo, o número é baixo se comparado à alta de 4,3% no ano passado, quando o pior da pandemia estava ficando no retrovisor.
“As benesses do então Governo Federal deixaram um saldo negativo ao atual, que não tem condições financeiras, pelo menos por enquanto, de puxar o progresso econômico por meio do consumo das famílias, principalmente aquelas de baixa renda”, avalia.
Esta edição da pesquisa assinalou uma ampliação da despesa com veículo próprio, superando diversos setores. O motivo é a crescente demanda por transportes via aplicativos e delivery, tanto pelo consumidor, quanto pelos trabalhadores.
O Sudeste segue liderando o ranking das regiões, respondendo por 49,1% do consumo nacional. A Região Sul voltou a ocupar o segundo lugar da lista, ganhando representatividade de 18,3% e desbancando o Nordeste que, cai para 17,8%. Em quarto lugar vem Centro-Oeste, aumentando sua fatia para 8,6%, e por último, a Região Norte, que amplia sua atuação para 6,3%.