A startup cearense Sou Tech, braço tecnológico da Sou Energy, partiu na frente nos investimentos em robótica, um mercado ainda incipiente no Brasil que pode despontar nos próximos anos.
A empresa é a única distribuidora licenciada do País, atuando com três modelos de robôs de atendimento, que variam de R$ 78 mil a R$ 125 mil. O hardware é importado da China e o software dos equipamentos é incrementado no Ceará pela companhia.
Os robôs já foram usados, em caráter de teste, pelo McDonalds, em São Paulo.
A Sou, inclusive, está em negociação com uma gigante global do fast food para a venda de 100 unidades. Além da rede, há conversas em andamento também com uma cadeia de shopping centers.
Eles podem ser utilizados em atendimento, delivery e hospitalidade de diversos setores do mercado como restaurantes, hotéis, shoppings, hospitais, aeroportos, feiras, eventos, entre outros.
"Nós fizemos um teste no McDonalds do Morumbi. As crianças amam", conta Carlos Kleber Pinho, CEO da empresa.
Modelos de robôs
Os três modelos disponíveis são Pudubot, Bellabot e Kettybot, com diferentes funcionalidades.
O Pudubot é um robô de entregas inteligente com moderna tecnologia de deslocamento. Possui múltiplos sensores que o fazem evitar e desviar de obstáculos. Dotado de cinco bandejas, é capaz de transportar mais de 30 quilos por até 12 horas ininterruptas.
Já a Bellabot possui capacidades superiores de interação humano-robô. Interage por voz ao toque humano. É dotada de linguagem inovadora e proporciona experiências diferenciadas em entrega de comida e hospitalidade.
O terceiro robô, Kettybot pode ser usado em entregas, hospitalidade e publicidade. Possui tela touch screen de 18,5” e é capaz de ir ao encontro das pessoas, mostrar informativos e propagandas e até guiar e acompanhar clientes a certos locais e ambientes, como uma loja ou banheiro de shopping, por exemplo.
Mercado embrionário
"É um mercado ainda muito novo, em que a gente, por enquanto, vende apenas para os gigantes. Mas é um mercado de R$ 500 milhões a R$ 700 milhões daqui a alguns anos", projeta Kleber Pinho.
Conforme a empresa, os robôs "não vieram para substituir pessoas, e sim para ajudá-las a desempenhar suas funções com maior liberdade e leveza".