O crescimento de 6,6% da economia cearense em 2021, dois pontos percentuais acima do ritmo de expansão apresentado pelo Brasil, é fruto de uma política de atração de investimentos bem definida, que vem permitindo ao Estado se descolar, na medida do possível, dos sismos nacionais.
Não é de hoje que o Ceará vem exibindo maior celeridade no crescimento econômico sobre a média nacional. Aos poucos, o Estado vai abocanhando fatias na composição do PIB brasileiro.
Hoje o Ceará é responsável por aproximadamente 2,2% da economia nacional. Esse percentual, inclusive, deveria ser maior, uma vez que a população cearense representa em torno de 4,3% da brasileira. Questões históricas mantiveram o Estado preso a esse patamar.
Força das energias renováveis
Mas o cenário está mudando rapidamente. E deve continuar em transformação nos próximos anos. A economia cearense tem um trunfo especial nas energias renováveis. Com a chegada de gigantescos investimentos em hidrogênio verde e energias eólica e solar, que acabam por se complementar, o Estado terá potencial para ampliar o seu poderio econômico de forma robusta.
Para além das oportunidades geradas pelos ventos e pelo sol, há também boas janelas abertas em outros setores, como o comércio exterior, por exemplo. Com o Complexo do Pecém, um ativo de extremo valor para as engrenagens produtivas do Ceará, o Estado bateu recorde de exportações no ano passado, com vendas que somaram US$ 2,7 bilhões.
Outro destaque é o setor logístico, que vem se sobressaindo com a chegada de grandes players do e-commerce mundial. Sem falar no turismo, que deve voltar à força máxima com o fim das restrições da pandemia.
Caso o Estado continue atuando como um facilitador de grandes investimentos privados, o horizonte econômico será frutífero.