O mercado logístico do Ceará está em plena aceleração com a chegada de grandes centros de distribuição. Hoje, praticamente não há espaços disponíveis para locação nos condomínios logísticos — equipamentos dotados de infraestrutura de serviços para armazenagem e operação de entregas.
Com o aquecimento da concorrência no e-commerce, a ocupação desses galpões no Ceará encerrou 2021 em 99,6%. No caso dos empreendimentos de alto padrão, essa taxa salta para 100%.
A área total para aluguel cresceu 26% no ano passado, de acordo com dados da Siila, multinacional com atuação no mercado imobiliário comercial da América Latina. São 314 mil metros quadrados. Um ano antes, o estoque era de 248 mil m².
Os dados mostram que nem mesmo o crescimento na oferta ao longo do ano passado foi suficiente para suprir o apetite das empresas por mais área.
Crescimento em 2022
Para 2022, conforme projeção da Siila, a expectativa é de ampliação de mais 64 mil metros quadrados para o setor no Estado, o que significaria um avanço de 20% sobre a base atual.
“Agora, com zero percentual de vacância, se faz necessária a construção de novos estoques devido à importância do mercado cearense para o nordeste brasileiro”, comenta Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA.
No ano passado, somente a Amazon foi responsável por locar 31,6 mil m² do empreendimento Log Fortaleza II. A estreia da gigante do comércio eletrônico agitou o mercado cearense, que deve agregar outros players importantes em breve.
O Mercado Livre, por exemplo, está em negociações para abrir um CD no Ceará. Magazine Luiza e Americanas, que já possuem um galpões aqui, estudam ampliar as estruturas.
No caso do Ceará, a disputa dessas empresas é pelo 'last mile', ou seja, a última etapa da entrega, quando o produto sai do centro de distribuição diretamente para o endereço do consumidor.