Na noite da última quarta (25), um fato envolvendo o casal Belo e Gracyanne Barbosa viralizou nas redes sociais. Uma fã pediu à “musa fitness” que postasse a última troca de mensagens do casal. E ela postou. No print da conversa, o cantor por diversas vezes diz que a ama, sem que a companheira corresponda.
O que se viu em seguida foi uma enxurrada de comentários acerca desse detalhe que não passou despercebido dos “leitores”. Muitos realçaram a diferença de tratamento entre os pares. Outros realçaram a aridez ou grosseria da esposa. Para uns foi motivo de riso, chacota, e outros a criticaram-na por não ter correspondido as demonstrações de carinho dele.
Chama a atenção como é fácil julgar os outros. Dizer o que é certo e o que não é. Todo julgamento traz atrelado a condenação e a punição. E estar nesse lugar de julgar-punir parece suscitar uma sensação de poder, mesmo que ilusório, fugaz e enganoso. Difícil é quando o alvo é você.
Natural que aconteçam situações como essa, visto que o casal abre espontaneamente as portas da intimidade deles para o grande público, seus fãs.
O modo como eles se relacionam só diz respeito a eles mesmos. Se se amam ou não. Se um ama mais do que o outro.
Quanto ao modo de amar ou expressar o amor, existem diversas formas. Cada pessoa tem as suas, tanto de dar como de querer receber.
O pastor americano Gary Chapman publicou o livro: As Cinco Linguagens do Amor (Editora Mundo Cristão, 2010). No livro, o autor, que acompanhou casais por mais de trinta anos, sugere que é necessário o entendimento sobre as diversas formas de expressar o amor para que haja uma maior compreensão e aceitação das diferenças entre os indivíduos em qualquer relacionamento e principalmente no matrimônio.
Pode ser que as partes se amem e tenham linguagens distintas. Se não ficar claro para os dois, a tendência é que não se sintam amados e, consequentemente, surjam os atritos e o distanciamento. Podendo levar ao fim do relacionamento.
Segundo Gary, as cinco linguagens são: 1. Tempo de Qualidade; 2. Palavras de Afirmação; 3. Presentes; 4. Toque Físico e 5. Serviços.
No primeiro, a pessoa se sente amada e expressa o amor, através da dedicação de tempo, ficando junto, fazendo as coisas junto, estando inteiro com ela/ele.
No segundo, a pessoa está constantemente expressando palavras positivas, afirmativas que valorizam o companheiro/a e suas características, seus feitos e projetos.
No terceiro, a pessoa expressa seu amor dando presentes, mimos. Não necessariamente de grande valor monetário. Quando ela recebe, sente-se feliz por, inconscientemente, sentir-se amada.
No quarto, a expressão passa pelo toque, o contato físico, a afetuosidade. Essa pessoa precisa tocar e ser tocada para “acreditar” que existe amor na relação.
E no quinto, o que o autor chama de serviços é quando a pessoa se sente amada e declara amor, quando a outra a ajuda e participa de atividades práticas, fazendo juntos, dividindo as tarefas, sendo prestativa.
Claro que essa é uma exposição didática, não existe o perfeito. E pode existir uma porção de combinações diferentes a partir desses tipos. Mas, fica a dica, se seu/sua parceiro(a) insistir sempre no mesmo assunto, reclamando que você não demonstra amor, veja se não se encaixa em algum desses tipos e tenta se esforçar um pouco mais em atender a ele/ela.
Com todo respeito, deixando o Belo e sua esposa de lado, vamos olhar para nossa realidade, para os nossos relacionamentos. Esse modelo de compreensão do Pastor Gary é um modo de olhar, mas pode existir diversos outros.
O que importa é que estejamos abertos e dispostos a declarar amor a quem nos relacionamos. Abertos e dispostos a acolher o modo como quem convive conosco consegue demonstrar o seu amor por nós.
Que renunciemos às exigências e imaturidades que trazem tantos conflitos e destruição de relacionamentos que teriam tudo para gerar muita felicidade.
E por último, que tiremos os holofotes da vida alheia e nos voltemos para a nossa que é a que verdadeiramente devemos nos dedicar para melhorar.
Paz e bem!