São raros os momentos no jogo em que o atleta tem diante de si a oportunidade da consagração. A definição a seus pés. Dali para o abraço, para a glória. É preciso frieza para não errar. Há jogadores que são um freezer. Outros, afobados. Rick, de repente, viu chegar para ele a chance de assinalar o gol da vitória sobre o Flamengo. E não seria um gol qualquer senão um golaço. E assim ele concluiu, convicto de que marcaria o gol. O zagueiro Léo Pereira salvou. Rick fez certo ou errado, já que ao seu lado, em ótima condição, estava o atacante Cleber? A meu juízo, teria sido melhor ter passado a bola ao Clebão, pois a meta do Flamengo estava escancarada, até sem o goleiro. Acontece que o atleta tem de tomar a decisão em fração de segundos. Terá de avaliar se é melhor concluir ou passar a bola. Isso é muito subjetivo. Como entregar a um terceiro a glória, se esta pode ser sua, exclusivamente sua? Tal atitude exige elevado sentimento altruístico que nem todo mundo tem. Rick preferiu arriscar. O zagueiro flamenguista frustrou a pretensão de Rick. Clebão, que tinha melhor condição para finalizar, com razão reclamou de Rick. Reclamou em vão. Aí o jogo terminou sem aquele herói que poderia ter feito a diferença.
Rick tem crescido de jogo para jogo. A tendência natural é ganhar definitivamente a posição. Tem velocidade e drible curto. E finaliza bem. Com um pouco de orientação por parte do técnico Guto Ferreira, quero acreditar que, num curto espaço de tempo, seja para o time o que foi Saulo Mineiro, ou seja, a consolidação de um trabalho.
Muitos torcedores ficaram insatisfeitos com a produção do Fortaleza em Caxias do Sul no empate com o Juventude. Realmente, o time nem de logo lembrou o futebol intensivo que controla totalmente a situação do jogo. Pelo contrário, no segundo tempo o Leão foi engolido pelo Juventude. Caiu de ritmo e passou por apertos.
É bom o torcedor entender que situações como as citadas acima+ acontecerão de forma mais amiúde no returno ou, de acordo com o jargão esportivo, a partir da virada da montanha. Não há time no mundo que, com um elenco restrito, consiga segurar o ritmo durante todo o campeonato, ou seja, até dezembro.
A querida cidade de Sobral em festa com a bela campanha do Guarany na Série D nacional. Por antecipação o time está classificado para a segunda fase, que é disputada em duas partidas (ida e volta) modelo mata-mata. Depois, oitavas, quartas, semifinal e final. Como já tem um título brasileiro da Série D, o Bugre já sabe o caminho das pedras.