O assunto ainda levantará muita polêmica. A indagação é: como, sem risco de contaminação, levar de volta o público aos estádios de futebol e, claro, aos locais de outras modalidades esportivas? Na hora que abrir para o futebol, terá que abrir para todos. A vida está voltando ao normal. Como diz a música de Paulo Soledade, sucesso na voz de Helena de Lima: "Estão Voltando as Flores". Questão é saber como cultivá-las agora. As experiências no mundo, ainda sem vacina contra o coronavírus, vão exigir muita disciplina por parte da população. Nisso está a preocupação maior. Observa-se a todo instante o descaso. Nas praias, o exemplo mais negativo. Há quem não esteja nem aí para o problema. Nos estádios, a possibilidade de controle é possível. Os espaços são amplos. Mas terá de ser feito o levantamento custo/benefício. Enfim, se houver responsabilidade e protocolos rígidos, será possível, sim, ouvir outra vez o doce canto da torcida no embalo dos lances e das emoções. Voltará a trilha sonora legítima. Fim da montagem que coloca som de público em cima de imagens com estádio vazio. Um efeito que não agrada porque não verdadeiro. Agora é apelar para a consciência do torcedor.
Janela
Agora, nas oitavas de final, a Copa do Brasil recebe os times da Libertadores (Athletico/PR, Corinthians, Flamengo, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos e São Paulo), o campeão do Nordestão 2019 (Fortaleza), o campeão da Copa Verde 2019 (Cuiabá) e o campeão da Série B 2019 (Bragantino).
Mistura
A Copa do Brasil perdeu a legitimidade que vinha da Taça Brasil, onde só participavam os campeões estaduais em jogos de ida e volta. Hoje, com intuitos lucrativos, a CBF transformou a Copa do Brasil numa competição rica, mas com regulamento que visa a eliminar logo os pequenos times. Depois vem a "festa". Por que times da Libertadores na Copa do Brasil? Nada a ver.
Dotações
O dinheiro pago em elevadas cotas, a cada etapa, valorizou financeiramente a Copa do Brasil. Mas o formato inicial é uma piada. Na primeira fase, 80 times disputam partida única. Aí já despencam 40 times. Na reta final, entram os onze pré-classificados. Não sei mesmo como qualificar um certame cheio de privilégios.
Faltam onze rodadas para terminar a primeira fase da Série C, onde está o Ferroviário. Na chave coral, a margem de segurança do Ferrão está reduzida. Os dois times do Pará, Paysandu e Remo, estão colados no Ferrão, com diferença de apenas um ponto. Perigo à vista.
A derrota em casa para o Paysandu, na Arena Castelão, disparou o sinal de alerta. Antes, na quinta rodada, empatara também no Castelão com o Manaus, que tem só três pontos a menos. Essas coisas não mais podem acontecer. O projeto de ascensão
Correrá risco.