Na Confederação Brasileira de Futebol acontecem coisas que somente a desídia pode explicar. A ida do Ferroviário a Goiânia, sem jogo marcado, foi apenas um episódio dentre tantos. Duvido que a CBF fizesse isso com um Flamengo, um Corinthians ou outro grande clube do futebol brasileiro. Jamais, sem jogo marcado, o Flamengo embarcaria para algum lugar. Mas o Ferroviário embarcou. E foi. E não jogou. Existe desrespeito maior? Uma vez eu estava com o Ceará Sporting Clube em Belém. O Vozão ia enfrentar o Remo. Nem sei mais qual era a competição. Aí o STJD puniu o Remo, que ficou proibido de jogar em Belém. A CBF então marcou o jogo para Imperatriz no Maranhão. E o Ceará, que não tinha nada a ver com a punição imposta ao Remo, teve de deslocar-se para Imperatriz. Também, às pressas, peguei um voo para Imperatriz. O Ceará perdeu (4 x 0). Essas precipitações só acontecem com times no Norte ou Nordeste. Nunca presenciei palhaçadas assim, tendo como protagonistas os chamados times do Sul/Sudeste. Num tempo de pandemia grave, expor um grupo a desnecessária viagem área, ampliando o risco de contaminação, deveria ser motivo de exemplar punição.
Trapalhada
Quando a CBF ainda era CBD, anunciou os convocados para a preparação para a Copa de 1966. Havia dois irmãos com o mesmo apelido: Ditão (Gilberto) do Flamengo e Ditão (Geraldo) do Corinthians. O técnico Vicente Feola, convocou Geraldo do Corinthians. Até aí tudo bem.
Trapalhada II
Quando a CBD publicou a lista, saiu o nome Gilberto, que era o do Flamengo. No embarque para a Europa, no aeroporto, apresentou-se o Ditão (Gilberto) do Flamengo. Só aí perceberam o engano, pois o convocado tinha sido Geraldo (Ditão) do Corinthians. Para evitar o vexame, levaram o Ditão do Flamengo mesmo.
Fracasso
Da cúpula do futebol brasileiro é possível se esperar tudo. Para a tal Copa de 1966 foram convocados 44 jogadores (quatro times). Uma peneirada para tirar os 22 convocados definitivos. Era a luta pelo tricampeonato mundial. Resultado: Brasil eliminado na primeira fase.
Calma?
Admiro Guto Ferreira, treinador vitorioso. Quando o vejo, lembro de Vicente Feola, sereno técnico que conquistou o primeiro título mundial da Seleção Brasileira em 1958. Tal como Feola, Guto parece transmitir calma. Lego engano: não raro, Guto é premiado com amarelos e vermelhos.