Em busca da automação

No início de temporada, é normal que treinadores busquem testar as alternativas que serão utilizadas no decorrer das futuras competições. Portanto, é preciso paciência

Legenda: Guto Ferreira disse após empate com o Botafogo/PB que espera que o time de 2021 seja tão competitivo quanto o de 2020
Foto: Thiago Gadelha

Não é o Ceará ainda. Não é o Fortaleza ainda. Os cronistas e os torcedores andam tateando, procurando entender os dois rivais. Quem de sã consciência aceita o Ceará que empatou com o Altos no Albertão e com o Botafogo no Almeidão? Quem de sã consciência aceita o Fortaleza que no Castelão perdeu para o lanterna Santa Cruz? Não é o Ceará que quase ganhou vaga na pré-Libertadores. Não é o Fortaleza das belas campanhas. Dirão, talvez, que estou voltando ao passado. Dirão talvez que quem gosta de passado é museu. Não há problema. Quem tem casca grossa não liga para maledicência alheia. Passa ao largo e vai embora. Afasta-se dos maldosos como quem se afasta da Covid. Ambos são letais, traiçoeiros e invisíveis. Não há outra solução senão dar tempo ao tempo. Mas que tempo? Qual o tamanho ou a extensão do tempo? Quantos jogos a mais para alcançar a formação ideal? O narrador Antero Neto calcula entre mais quatro ou cinco jogos. Tomara. Recente matéria assinada pelo jornalista André Almeida mostrou que o Ceará se juntou ao Bahia como os dois times do Nordeste que mais fizeram compras milionárias. Agora é saber quando isso será traduzido em campo. 

Lento e gradual 

Dos novos contratados do Ceará, quem tem mostrado maior adaptação é o atacante Jael. Os demais ainda estão no lento e gradual período de adaptação. Assim observo Marlon, Jorginho, Mendoza e Yony González. Quanto a Saulo e Vizeu, lutam por espaço. Tudo muito indefinido. 

Resultados 

O Fortaleza joga hoje, às 15:45 em Teresina. Enfrenta o 4 de julho, que obteve resultados significativos: empatou com o Sport na Ilha do Retiro, empatou com o Botafogo em João Pessoa e ganhou do Salgueiro no Albertão. Sua única derrota foi para o Altos no Albertão. 

Técnico 

O 4 de Julho é comandado pelo cearense Flávio Araújo, ótimo treinador. Outro cearense que está lá: atacante Dudu Beberibe (ex-Horizonte, Tiradentes, Pacajus e Ferroviário). Também joga lá o atacante Índio (ex-Quixadá, Itapipoca, Iguatu, Horizonte, Crato e Caucaia).  

Homenagem 

O nome “4 de Julho” é uma homenagem à data de fundação da cidade de Piripiri, onde fica a sede do clube, que já foi campeão piauiense quatro vezes: 1992, 1993, 2011 e 2020. Nessa data também é comemorada a independência dos Estados Unidos (Independence Day).