As coincidências nos sorteios da CBF

Antes do início das oitavas de final da Copa do Brasil, houve o anúncio de que os adversários seriam conhecidos através de sorteio. Entraram no sorteio Santos, Grêmio, Botafogo, São Paulo, Flamengo, Internacional, Palmeiras e Corinthians, ou seja, os chamados grandes do futebol brasileiro. E mais: Ceará, Juventude, Cuiabá, Fortaleza, Athletico-PR, Atlético-GO, Bragantino e América-MG. Sorteio, se sorteio mesmo, é imprevisível. Então poderia ter havido jogos entre os chamados grandes já nas oitavas. Por exemplo: um Internacional x Flamengo ou um Grêmio x Corinthians... Mas não. Nunca vi uma coisa tão certinha: sempre um grande teve a sorte de encontrar um time médio. Mesmo assim, três grandes já papocaram: o Botafogo foi detonado pelo Cuiabá, o Santos foi detonado pelo Ceará e o Corinthians foi detonado pelo América-MG. E tem mais um detalhe: o São Paulo escapou nos pênaltis diante do Fortaleza, sendo o time paulista também beneficiado pela arbitragem no jogo no Castelão, quando o Fortaleza teve dois jogadores expulsos. Agora, pelas próprias circunstâncias, o sorteio para as quartas de final deve apontar pelo menos algum jogo entre times médios, dentro da melhor retidão da CBF.   

Estreia 

Felipe Vizeu começou seu trabalho no Ceará. Teve boa participação diante do Santos. Deu sinais de que poderá se encaixar muito bem no modelo alvinegro. Entretanto, pelo pouco tempo de sua atuação, a prudência recomenda aguardar os próximos jogos para uma avaliação mais apurada, principalmente quando ele atuar durante o jogo completo. Mas a primeira impressão foi boa. 

Atrasos 

Ter jogos a menos do que a concorrência é bom porque o time pode trabalhar a pontuação necessária para ultrapassar os que já cumpriram todos os jogos do turno. Esse é o lado positivo da situação que favorece o Fortaleza. O lado negativo é o acúmulo de jogos (cinco em quinze dias). Isso pode levar a sério desgaste físico.  

Rotatividade 

Mais do que nunca o técnico Rogério Ceni terá de colocar em prática sua conhecida competência na rotatividade das escalações. Somente assim poderá evitar sobrecarga em jogadores considerados imprescindíveis às pretensões do Leão. O mais difícil, na minha avaliação, é encarar quatro jogos fora de casa (Athletico-PR, Bahia, Vasco e Botafogo). Haja desafio! 

Pílulas  

Outra questão que tem de ser levada em consideração é o “ranço” existente entre jogadores do São Paulo e do Fortaleza, consequência ainda das expulsões de dois jogadores do Fortaleza no jogo pela Copa do Brasil no Castelão. 

No jogo de volta, no Morumbi, foram notáveis os sinais do que restara do primeiro confronto, ou seja, desconfortável clima entre os jogadores. Será preciso muito cuidado para evitar que o “ranço”, ora velado, ora não, possa trazer desdobramentos.    



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