Apoio psicológico para o atacante Clebão

Um dia as cobranças viriam, caso o atacante Cleber de Jesus passasse algum tempo em jejum de gols. Esse tempo chegou. Agora é o momento de apoio ao jovem atleta. É natural que ele sinta a pressão. Amigos, a meteórica trajetória entre o Campeonato Cearense e o desafio de uma Série A nacional mexe com o emocional de qualquer pessoa. Cleber tem apenas 23 anos. Está num time de massa que aplaude, mas que também exige quando as coisas deixam a desejar.

Os gols que Cleber vem perdendo trazem para ele terrível inquietação. Nasce o medo do fim do sonho. Na Copa do Nordeste, Clebão viveu a apoteose de uma conquista onde ele foi o ator principal, o herói do título. Agora o outro lado do futebol. Todo artilheiro sofre quando os gols escasseiam ou desaparecem. A trave parece diminuir de tamanho. O goleiro parece agigantar-se. Volta à estaca zero o que se imaginou ser a solução definitiva para a tão delicada missão de centroavante alvinegro. Clebão será uma realidade ou terá sido uma efêmera ilusão? Prefiro apostar no jogador. Guto Ferreira tem a missão de reabilitar o atleta. Quem fez o que fez na Copa do Nordeste não pode desaparecer como um fantasma.

Participação

Cleber tem sido voluntarioso. Corre muito na marcação em cima. É incansável. Tem dificuldades, talvez até mesmo pela alta estatura, na arte de driblar. Na troca de passes consegue evolução. Incomoda os adversários sua presença na área ou nas proximidades dela. Ele ajuda. Ele volta para marcar. A ausência de gols é que embaralha tudo.

Paciência

Quem vive drama semelhante é David, atacante do Fortaleza. Ainda bem que ele conta com o apoio do Rogério Ceni, que segue apostando no jogador. É muito bonita a atitude do Ceni. Ele fez isso com Romarinho, quando no início a torcida passou a pegar no pé do atleta. Hoje Romarinho é referência. A paciência de Ceni venceu. Romarinho também. David vai vencer.

Referência

Wellington Paulista também passou por jejum e cobrança. O ótimo atacante do Fortaleza venceu pela perseverança. Faz parte. Mas Wellington tinha e tem muito mais experiência que Clebão, do Ceará. Wellington soube reverter a adversidade. O jovem Clebão terá força mental para superar as condições desfavoráveis de agora? Tudo dependerá do apoio psicológico a que me referi.

Não consigo aceitar as atuais condições que caracterizam o pênalti provocado por uma bola que atinja o braço de um atleta dentro de sua área. Pior é que o mundo todo está aceitando pacificamente a decisão de meia dúzia de imbecis do setor de arbitragem da Fifa.

Há zagueiro jogando com os braços para traz, já pelo medo de cometer pênalti. Assim perde a melhor mobilidade e fica em desvantagem. Correto era o pênalti, quando apenas de forma proposital o atleta colocasse a mão na bola para tirar vantagem. Pronto.