A estrela de Rogério Ceni voltou a brilhar. O Fortaleza voltou a vencer. Justo triunfo diante do Botafogo. Retomada da confiança com convincente apresentação e três pontos a mais. Na fase inicial, um tricolor melhor, pegando mais em cima e criando boas situações. O Fortaleza pressionou pelas pontas com Edinho e Osvaldo. O Botafogo nos contra-ataques criou duas chances de gol, a mais perigosa com Cícero. O Fortaleza mandou bola no travessão em chute de Osvaldo. Primeiro tempo com o Leão melhor, mas ficou no empate. Na fase final, o Leão assumiu de vez o controle do jogo. Teve gol anulado de André Luís. Teve gol (1 x 0) validado (contra, de Marcelo Benevenuto), após perfeita cobrança de falta de Juninho. Teve bola na trave do Botafogo em conclusão de André Luís. Em nenhum momento, o Botafogo apresentou força de reação. O Fortaleza soube se impor, numa partida onde Osvaldo foi um dos destaques, máxime no primeiro tempo. André Luís, que substituiu Romarinho, fez bela partida. Juninho com boa participação. Enfim, um Fortaleza novamente à imagem e semelhança de Rogério Ceni, ou seja, vitorioso, confiante, à altura do Mito.
Resultado
Concordo com o técnico do Ceará, Enderson Moreira, quando ele critica o "resultadismo", prática muito comum no futebol brasileiro. Compreendo mesmo que, em alguns jogos, os resultados negativos do Ceará não retrataram o bom futebol praticado. Mas em Minas não foi bem assim.
Horrível
No Estádio Independência, o Ceará foi razoável no primeiro tempo e péssimo no segundo, quando permitiu a virada. O Vozão foi engolido. Como Otero estava desfilando entre os jogadores do Ceará, Enderson resolveu colocar Cristovam para bloquear os avanços mineiros no setor. Tudo bem. Mas cometeu um equívoco quanto ao jogador escolhido. Para isso, Pedro Ken teria sido o ideal.
Opção
Pedro Ken marca e sabe sair para o jogo. Neutralizaria Otero e os avanços do Atlético no setor. Abriria opções para os contra-ataques com melhor qualificação. No lugar de ter tirado Lima, poderia ter tirado Matheus Gonçalves. Posso estar errado, mas desta vez a derrota veio não pelos erros de finalização, mas pelos erros de substituição.
Daqui para frente, as novas perspectivas do Fortaleza na segunda "Era Ceni". Será o lado positivo da liderança do técnico no empreendimento que visa a levar o Fortaleza a uma boa margem de segurança com relação à zona maldita. Rogério Ceni continua com o mesmo carisma, apesar do seu insucesso no Cruzeiro.
Impressionante o desabar da Chapecoense. Desde quando subiu brilhantemente para a Série A, jamais experimentou situação tão desconfortável quanto agora. Nem mesmo quando teve o time desfeito, vítima do acidente aéreo na Colômbia, a Chapecoense se complicou tanto. Está difícil escapar da degola.