Um lanterna no caminho do Fortaleza

É sabido que, não raro, os times cearenses são muito generosos com os times da zona de rebaixamento

A Chapecoense tem uma vitória, 10 empates e 15 derrotas. Sofreu 44 gols. Tem um saldo negativo de 21 gols. Campanha pífia. Humilhante. Sim, mas não será assim tão fácil como os números parecem indicar. A vitória da Chapecoense foi sobre o Bragantino, dentro do Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista. Verdade que diante do time misto do Bragantino. Pouco importa. Serve como advertência ao Fortaleza. Outro detalhe: a Chapecoense, na Arena Condá, local do jogo de hoje, empatou (2 x 2) com o time principal do Atlético-MG, líder absoluto Série A. Esses resultados merecem uma análise criteriosa. Observem que o Ceará teve dificuldades para ganhar da Chapecoense aqui no Castelão. Ganhou por 1 a 0, gol de pênalti. Portanto, o Fortaleza certamente tomará todas as precauções para evitar uma surpresa indesejada. Além disso, é sabido que, não raro, os times cearenses são muito generosos com os times da zona de rebaixamento. Se o Fortaleza jogar como o fez no Maracanã na vitória (0 x 2) sobre o Fluminense e se repetir a atuação que teve na vitória (1 x 0) sobre o Grêmio no Castelão, terá ampla chance de trazer os três pontos. O que preocupa é a oscilação tricolor.  

Três pontos 

Amanhã o Ceará precisará ganhar do Bragantino no Castelão. É uma necessidade urgente. Apenas três pontos separam da zona de rebaixamento o Vozão. É um risco iminente. Verdade que o Ceará tem dois jogos a menos. Tudo bem. Mas também serão jogos difíceis. Um será contra o Palmeiras, dia 20 de outubro no Castelão. O outro será no dia 27 de outubro na Fonte Nova. 

Desespero 

É bom frisar que o Bahia, quando enfrentar o Ceará, estará no desespero. Ou ainda na zona de rebaixamento ou pendurado em posições próximas. Os recentes confrontos entre Bahia e Ceará foram muito complicados. E agora quem está no comando do Bahia é nada menos que Guto Ferreira. Gutinho conhece tudo do Ceará. Isso pode ser mais um obstáculo para o Vozão. 

Estreia 

Rogério Ceni não leva sorte quando enfrenta o Ceará. Na Série A do ano passado, Ceni dirigia o Flamengo. Em pleno Maracanã, o Ceará, do então Guto Ferreira, obteve significativa vitória (0 x 2), fato que gerou muitas críticas a Ceni. Agora, na estreia de Ceni pelo São Paulo, deu empate com o Ceará no Morumbi. O Ceará, não raro, tem sido um calo no sapato de Ceni. 

Complexo 

Resultado normal o empate (1 x 1) do Ceará com o São Paulo no Morumbi. A insatisfação decorre do fato de o Vozão ter ampliado a marca sem vitórias fora de casa. Virou complexo. Parece que o time carrega uma tonelada nas costas quando vai atuar nos domínios dos adversários. Se deixar de lado os medos de um tabu assim, a vitória virá naturalmente. Se continuar encucado, vai ser difícil.