As vitórias são a razão do futebol. Três vitórias seguidas dão moral, ainda que nem em todas o time tenha jogado bem. Nove pontos seguidos dão mais serenidade ao grupo para ajustar o que falta ser ajustado. Assim o Ceará, de Sérgio Soares, vai edificando sua esperança de G-4. E vai, degrau a degrau, em busca de seu objetivo. Os críticos mais exigentes teimam em pedir melhor padrão. Faz parte. E é até bom que essa cobrança aconteça mesmo. Cobrança construtiva, embasada, consistente. Mas há críticos que teimam em não ver sequer a mínima evolução alvinegra. Eu vejo, embora um evoluir ainda lento. Mas vejo. Mesmo assim considero o Ceará capaz de traçar a sua trajetória vitoriosa até alcançar seu desiderato, ou seja, a Série A nacional. Está no caminho certo.
1996. Fortaleza Esporte Clube. Faz 20 anos que esta foto foi batida. A partir da esquerda, só os jogadores (em pé): João Neto, Adriano, Arimateia, Zim, Marco Antonio e Banana. Na mesma ordem (agachados): Valdomiro, Aluísio, Serrinha, Neném Ipu e Eliézer. Desse grupo, tenho notícia apenas de Marco Antonio, que recentemente foi técnico do Quixadá. Faz anos não vejo os atacantes Eliézer e Serrinha. (Colaboração de Elcias Ferreira).
Onde melhorou
O erros de marcação que o Ceará cometeu em jogos anteriores, máxime no Ressacada e no Castelão em São Luís, não foram repetidos diante do Londrina. Quando o Londrina criou situações de gol, conseguiu por méritos dos seus jogadores e não por falha da marcação alvinegra. Isso é ou não é um uma melhora, um avanço?
Ajustes
O Ceará não alcançou ainda a produção ideal. A despeito das três vitórias seguidas, o time carece de um homem para preencher a lacuna deixada pelo meia Ricardinho, que está no Al-Ettifaq da Arábia Saudita. Ricardinho saiu do Ceará em dezembro de 20015, mas até agora ninguém que ocupou a posição conseguiu produzir o que ele produzia.
Eficiente
No momento, quem mais tem crescido de produção no Fortaleza é o lateral-direito Felipe. Joga com muita personalidade, pouco importando se do outro lado está o famoso Flamengo do Rio de Janeiro ou se um time de porte médio como o Confiança de Sergipe. A perfeita afinação com o volante Pio também tem ajudado muito.
Na dele
Daniel Sobralense alcançou o estágio em que o atleta sabe os atalhos. Evita labirintos e, quando menos se espera, ele surge no lugar certo, no momento certo. Foi assim no gol que abriu a goleada aplicada pelo Fortaleza no América/RN em Natal. Saber usar o potencial de Daniel, dosando sua energia disponível, cabe à inteligência do treinador
Alívio de tensões
Rafael Costa, agora com mais este gol marcado, certamente terá diminuída a sistemática crítica que pesava contra ele. Rafael deu a vitória sobre o Londrina. E ainda serviu o companheiro Bill com passe de gol. Sem pressão psicológica, a tendência é Rafael Costa retomar sua facilidade de assinalar gols. No futebol cearense, ninguém cabeceia melhor do que ele.
Coisas do futebol. Pelé, por ser ídolo e "Rei", teve seu apelido colocado em vários jogadores. O Londrina, que perdeu para o Ceará, trouxe o ala Léo Pelé. Aí lembrei de Décio Pelé, que jogou no Calouros e Fortaleza na década de 1970. Décio Pelé estava morando em Juazeiro do Norte. E quem não lembra de Armando Marques da Silva, o Guarda Pelé, que fez sucesso na TV brasileira pela forma como orientava o trânsito em Salvador? Ele hoje, aposentado, mora na cidade de Xique-Xique na Bahia.
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