Tom Barros: vitória restauradora

Surpresa. Horizonte ganhou do Fortaleza. Embora jogando atrás, fez 2 a 0. Leão tinha a posse de bola. Horizonte, o placar. A pressão tricolor continuou em cima. Daí o gol de Wesley, que diminuiu para 2 x 1. Imaginei que a partir daí o Fortaleza alcançaria o empate ainda no primeiro tempo, pois teve chances com Germán Pacheco, Igor Henrique e Wesley. Passou. Fase final, Alan Mineiro entrou sob grande expectativa. Trabalhou bem. Gustavo, a esperança de gol, também entrou, mas desta vez não teve uma chance sequer. Horizonte fechou a guarda. Quase tomou o empate quando, já nos acréscimos, Alan Mineiro mandou bola na trave. Bravura do Horizonte que segurou. Restauradora vitória do time de Marcelo Vilar.

Não entendi

Não entendi a razão por que Ceni entrou com time tão modificado. Tudo bem, experiências são naturais, mas isso poderia ter sido feito após o Fortaleza abrir alguma vantagem no jogo. Sim, Horizonte vinha de uma campanha ruim, até goleado pelo Ferroviário, mas em casa não é um time qualquer.

50% dele

Valclício, ala do Horizonte, apesar de seu time ter jogado atrás, soube, quando preciso, apoiar o ataque pela direita. No gol de Daivison, foi Valclício quem na raça fez a diferença. Saiu do seu campo de defesa, deixou para trás todos os tricolores que pegou pelo caminho e cruzou na medida. Crédito dele: 50%.

Recordando

Image-1-Artigo-2355130-1

27 de janeiro de 2008. Assim se passaram dez anos... No Clássico Fortaleza x Ceará, a apresentação do zagueiro Anderson Luiz, também chamado de Anderson Batatais, que veio da Ponte Preta para o Leão. Anderson estava com 35 anos. Jogara no Batatais, Sertãozinho e Paulista. Em 2017 foi treinador do Ceará.

Na bronca

As inquietações alvinegras aumentaram após o empate com o Ferrão. Questionada a utilização de times quase totalmente diferentes de um jogo para o outro. Do que entrou de início diante do Floresta, só Everson entrou para encarar o clássico com o Ferroviário. Assim fica mais difícil alcançar a sintonia fina.

Produção

O Ceará esteve melhor que o Ferroviário. Criou mais situações de gol e sempre atuou no ataque. Teve a iniciativa do jogo. Mandou bolas na trave com Arthur e Pio. Tudo bem. Problema é a sequência de jogos com resultados insatisfatórios. Se não encaixar uma série de vitórias, as pressões tendem a aumentar.

Experiências

Image-0-Artigo-2355130-1

A partir da esquerda, Valdo e Luís Otávio quando de um treino no Estádio Carlos de Alencar Pinto, em Porangabuçu. Os dois jogaram na derrota do Ceará para o Floresta por (3 x 1). Já no empate diante do Ferroviário (1 x 1) atuaram no lugar deles Bruno Pires e Patrick. Experiências feitas por Marcelo Chamusca. Só ele sabe até que ponto isso trará proveito para o clube.

Infeliz. A demissão do técnico Carlos Rabello não pegou de surpresa a torcida. Mesmo antes da infeliz entrevista do treinador, na qual diminuiu e desqualificou o time coral, os sinais de problemas internos estavam no ar. Lembram-se de quando Mota resolveu não descer para o vestiário no intervalo de um jogo? Foi um protesto discreto, contornado com habilidade. Lamentável que o técnico Carlos Rabello desconheça a bela história coral, cinco vezes campeão cearense e revelador de vários ídolos nacionais.