Tom Barros: Velhos conhecidos

O Ceará recebe o Guarani. Previsão de muita dificuldade. O Bugre, sob ameaça de rebaixamento, vem com gente conhecida. O técnico do Guarani é Lisca, que em 2015 salvou da queda para a Série B o Ceará. Lá estão Ewerton Páscoa (ex-Ceará, 2016), Baraka (ex-Ceará, 2015) Fumagalli (ex-Fortaleza, 2005) e Richarlyson (ex-Fortaleza, 2003). O técnico Lisca substituiu Marcelo Cabo, que também foi treinador do Ceará. Assim é o visitante. O Ceará tem melhor qualidade técnica. Reúne todas as condições para retomar o caminho das vitórias. É natural que a proposta ofensiva alvinegra predomine, mas cuidado com os contra-ataques. Não esquecer o que houve no empate (2 x 2) com o Figueirense no Castelão.

Vídeo já

No gol da vitória do Juventude sobre o Ceará, Ramon estava impedido. Irregularidade só detectável mediante congelamento de imagem. Difícil para o árbitro Dewson Silva e para o auxiliar José Coimbra. Mas um erro assim pode mudar o destino de um time, estragando o planejamento de um ano. Vídeo já.

Duas pedreiras

O Paraná (4º) pega o Brasil (14º) no Bento de Freitas em Pelotas-RS. O Oeste (5º) recebe na Arena Barueri o Figueirense (12º). Os dois principais perseguidores do Ceará, no caso o Paraná e o Oeste, também não terão vida fácil. Basta relembrar o que inesperadamente o Figueirense aprontou aqui.

Recordando

Fortaleza Campeão Infantil de 1937

Fortaleza campeão infantil de 1937. A partir da esquerda, fila detrás: jornalista Oséas Martins, técnico Gavião (Waldemar Santos), Carguru, Deefeito, Zecândido (hoje com 95 anos, irmão do Airton Fontenele), Pedrinho, Walden Luiz, Hélio Parente e Juracir Machado. Na fila meio: Rolinha, 28, Neneo. 1ª fila: Sanford, Farinha Dágua e Pirulito.

Revisão

O Fortaleza tem que começar, com certa urgência, o planejamento para 2018, ano de seu centenário. A rigor, 2017, apesar de o time ter alcançado o principal objetivo que foi a ascensão para a Série B, deixou uma sequência de fracassos que jamais poderá ser admita no ano que vem.

Técnico

Fundamental será o critério para a contratação do novo treinador. Nos últimos anos, nenhum técnico conseguiu emplacar os primeiros seis meses do ano no Leão. Quem conseguir cobrir de janeiro a junho estará certamente quebrando um tabu no Pici. Taí um mote para reflexão dos dirigentes tricolores.

Novos caminhos

Luís Eduardo Girão renunciou. Sua passagem pelo Fortaleza foi como a passagem de um cometa: rápida e cheia de brilho. Plantou a semente da concórdia. Conduziu a bandeira da paz. Fez o que mais a torcida queria nestes últimos oito anos: subir o time para a Série B. Subiu. Apontou caminhos.

Passaram. Este ano o Fortaleza começou com o técnico Hemerson Maria. Já em fevereiro, após eliminação na Copa do Brasil com a derrota para o São Raimundo, Hemerson foi demitido. Assumiu Marquinhos Santos, que assim retornou ao clube. Marquinhos ficou até maio, quando também foi demitido. Em maio assumiu o técnico Paulo Bonamigo. Em agosto Bonamigo também foi demitido. Aí foi contratado Antonio Carlos Zago, que fechou a temporada. Mas essa política "contrata-demite" terá de ser revista.