O Ceará venceu (2 x 1) o clássico. Mereceu. O Fortaleza pagou caro pelo apagão. Sofreu dois gols em três minutos. De volta o drama vivido em Minas, quando em sete minutos sofreu dois gols do Atlético. A reação é mais difícil quando o time padece um abalo que desconcentra, desestrutura. Aliás, por pouco não sofreu o terceiro gol. Quando tudo parecia caminhar sem novidades, eis que entra em cena o VAR, esse objeto voador não identificado". O VAR não ri, não chora, não fala e, o que é mais perigoso, não enxerga. Esconde-se nos olhares confusos de árbitros que vieram para tirar dúvidas, mas, por mais paradoxal que pareça, mais dúvidas estão gerando.
O pênalti que o VAR viu a favor do Fortaleza, o árbitro Héber Roberto Lopes não viu. Alertado pelo VAR, Héber marcou. Ele foi uma espécie de Maria "VAR" com as outras, residindo nisso o seu maior pecado. Não houve falta de Luís Otávio em André Luís. Disputa normal. E, se tivesse havido a falta, seria fora da área. Acumulam-se os erros do VAR por toda parte. Como se trata de um objeto voador (e como voam seus integrantes), fica muito fácil, oculta-se na incompetência de quem não mostra a cara.
Objetivo
O Ceará começou mais insinuante. Buscou o gol com insistência. Apertou o Fortaleza. Deu-se bem. Já no primeiro minuto mandou bola na trave. Após estabelecer 2 a 0, teve a chance de marcar o terceiro gol, após falha grave de Quintero numa tentativa de ida de bola ao ataque. Ceará objetivo. Fortaleza confuso.
Diferente
Frustrou-se quem imaginava a repetição do que houve no Estádio Independência em Belo Horizonte, quando o Fortaleza reagiu e empatou (2 x 2). No clássico cearense, poucas chances divididas para cada lado. As entradas de Edinho, Mariano Vázquez e Kieza pelo Fortaleza não alteraram as circunstâncias do jogo.
Preocupação
O técnico Rogério Ceni agora tem uma preocupação a mais. Antes concentrava seus tormentos no ataque que perdera jogadores fundamentais. Após os graves equívocos defensivos de ontem, terá mesmo de examinar o motivo pelo qual o time tem tomando gols em sequência, fato que gera embotamento coletivo. Uma vez, dá para passar. Duas, jamais.
Ferroviário tem tudo para abrir novamente maior vantagem sobre o concorrente mais próximo, o Imperatriz, que perdeu para o Santa Cruz. Hoje, o Ferrão poderá chegar aos 26 pontos, cinco a mais que o Imperatriz. O ambiente ficará favorável ao trabalho que o técnico Marcelo Veiga, estreante de hoje, pretende empreender.
Público muito abaixo do esperado. Espaços desocupados em todos os setores levam a uma reflexão. Os preços dos ingressos estão afastando os torcedores? A princípio entendo que sim. Sai mais em conta optar por um barzinho perto de casa. Público pagante de 37.313 torcedores foi uma vergonha.