Tom Barros: valor de um título

Pelo regulamento da Série C, o objetivo maior dos clubes é a ascensão. Só depois que garantem a subida para a Série B é que passam a pensar no título de campeão. Por mais paradoxal que pareça, nesse caso, o título vira acessório. Em razão disso nasceu a discussão sobre o valor do título de campeão da Série C nacional. No entendimento de alguns, é um título sem maior significado para a história de quem o conquista. Na interpretação de outros, tem valor sim, por se tratar de uma conquista nacional. Faço parte dessa segunda corrente. Constará na formação do ranking da CBF. É importante. O Fortaleza já alcançou o que queria este ano: a ascensão. Mas nada impede de fechá-lo com volta olímpica e troféu na casa do adversário.

Contra

Alguns cronistas mais exigentes entendem que importante é apenas o título de campeão da Série A. Chegam a pregar que times como Internacional, Vasco, Fluminense e Corinthians, pela história e grandeza, nem deveriam comemorar conquista de segunda divisão. Tudo bem, cada um com sua opinião.

Comemoração

Na minha avaliação, se o Fortaleza ganhar o título de campeão da Série C nacional, deve comemorar sim. E comemorar muito. O troféu será o símbolo da superação, edificada sobre oito anos de humilhações, insultos, fracassos e sofrimentos. Servirá como exemplo para as futuras gerações.

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Recordando: Década de 1960. Rara formação do América (futebol de salão). Quem me enviou a foto foi o leitor Luciano, que mora no bairro de Fátima. A partir da esquerda, o 3º é Luciano Frota. Na mesma ordem (agachados): massagista Ubiratan Távora, Pedro Luís, o notável goleiro Plácido e Zé Flávio. Aguardo a identificação de todo o grupo.

Os próximos

No caminho do Vozão, Oeste e Paraná. Exatamente os dois times que dispararam no returno. O Paraná, na rodada passada, ganhou do líder Internacional (1 x 0). Mas, na rodada anterior, foi derrotado pelo Figueirense (1 x 0) que está na zona de rebaixamento. São as eternas e inexplicáveis contradições do futebol

Grande vitória

O Oeste, que está há oito jogos sem perder, bateu no vice-líder América, em pleno Estádio Independência em Belo Horizonte. Ousadia e recado aos concorrentes. Goleou o Londrina (4 x 1). Ganhou do CRB em Maceió. Se o Ceará ganhar do Oeste será um feito muito especial. E dará moral ao grupo para encarar o Paraná aqui.

Homenagem

O ex-atacante Mota será um dos homenageados no almoço comemorativo mensal, promovido pelo conselho deliberativo do Ceará. Mota, ídolo alvinegro, tem uma história de vitórias e conquistas no clube. Além de ex-jogador do Vozão, Mota, quando criança e adolescente, foi torcedor de arquibancada do Ceará.

Rússia mais rica

Como ficaria a Copa do Mundo 2018 sem Messi? Resposta simples: com um brilho a menos. A presença de Messi enriquece. Uma Copa do Mundo sem os grandes astros fica capenga. Como teria sido a Copa de 1954 sem Ferenc Puskás Biró? E a de 1962 sem Manuel Francisco dos Santos, Garrincha? A de 1974 sem Hendrik Johannes Cruyff? A de 1970 sem Edson Arantes do Nascimento, Pelé? A de 1998 sem Zinédine Yazid Zidane? A Copa da Rússia fica mais rica com a Argentina e Messi.