Tom Barros: temores ampliados

O Confiança deu as cartas. Casou e batizou. Engoliu o Fortaleza. Tito, Everton e Gilsinho mandaram no jogo. Logo aos cinco minutos, Radar cruzou. Everton cabeceou tão rente que imaginei a bola na rede. Não entrou, mas foi o recado. O gol que começou a desmoronar o Fortaleza foi repetição do lance dos cinco minutos: Radar cruzou e Everton desta vez marcou (1 a 0). No Fortaleza nenhuma reação. Nada. Na fase final, logo no início, Gilsinho aproveitou erro na saída de bola do Fortaleza. Deu o passe perfeito para Tito marcar 2 a 0. Depois disso, o Fortaleza desonerou de vez. Tomou duas bolas na trave. E escapou de voltar com uma goleada humilhante. Agora vem decidir a vaga no último jogo. Exatamente como a torcida temia.

Preocupação

Antes de preocupações com os concorrentes, o Fortaleza tem de preocupar-se com a pobreza de seu próprio futebol. Em Aracaju não escapou ninguém. Medíocre todo. As modificações com a entrada de Ronny, Paulo Sérgio e Leandro Cearense só revelaram mais mediocridade ainda.

Rodada

O Remo perdeu. O Cuiabá perdeu. Com isso simplificaram a missão do Fortaleza. Um empate, um pontinho só. E tudo estaria resolvido para o Leão nesta fase classificatória. Uma rodada para ser comemorada. Não foi. Transformou-se na rodada das frustrações, dos medos, pelo que possa acontecer.

Recordando

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13 de novembro de 2005. A partir da esquerda (fila da frente): Mário Degésio, Valdemar Caracas e o professor Pinheiro. Detalhes: Mário Degésio, ex-presidente da FCF, morreu 2011. Valdemar Caracas, fundador do Ferroviário, morreu em 2013. O professor Pinheiro, ex-governador do Ceará, segue firme na sua vida pública.

Apoio

Há jogadores que não podem reclamar da falta de oportunidade no time principal do Ceará. Um deles é Cafu. Mesmo com toda oscilação, ora eficiente, ora sem render bem, jamais deixou de ter as graças do técnico Marcelo Chamusca. Assim, o jogador deveria aprimorar seu trabalho numa forma de retribuição.

Regularidade

O jogador de maior regularidade no Ceará é o goleiro Everson. Ele anda corrigindo até a forma de sair do gol, situação na qual ainda comete alguns deslizes. A ele o Ceará deve a permanência no G-4, justo pelo pênalti que pegou no jogo passado diante do Náutico. Os três pontos fazem a diferença.

Alternativa

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O Ceará descobriu na Taça Fares Lopes a oportunidade de manter em ação atletas que, eventualmente ou não, estejam fora do time principal. Richardson e Ricardinho trabalham nas duas frentes. De certo modo isso é bom, pois ninguém poderá arguir falta de ritmo. Oportuna opção que já foi experimentada por Magno Alves. E tudo acontecendo numa boa, dando na mídia maior visibiliudade à Taça Fares Lopes.

50 anos

América, campeão cearense em 1966. Na Taça Brasil de 1967, ganhou do Paysandu no PV (1 x 0). No jogo de volta em Belém, dia 7 de setembro, voltou a ganhar (1 x 0, gol de Zé Gerardo). América: Pedrinho, Ribeiro, Cícero, Luciano Frota e Vilanova; Osmar e Loril; Araújo (Hermano), Wilson, Zé Gerardo e Da Silva. Técnico Gilvan Dias. Papão: Edmar, Valtinho, Abel, João Tavares e Paulo Tavares; Tito e Quarenta; Rubilota, Bene, Zezinho e Ercio (Baybe). Técnico: o bicampeão mundial Castilho. (Dados: Eugênio Fonseca).