A presença de Ceará e Fortaleza na Taça Fares Lopes deste ano, embora com times alternativos, deu maior visibilidade. Mesmo sem a dimensão das grandes competições, ornou-se de graça. Cresceu de interesse. O Ceará ficou. O Fortaleza seguiu. Hoje, segundo jogo da semifinal, o Leão, favorito, recebe o Iguatu no Castelão. Basta um empate para ganhar a vaga na decisão. No Iguatu, o bom treinador Roberto Carlos. E nomes como Michel, Canga e Paulinho Macaíba. Elanardo fora (3º amarelo). O Fortaleza alternativo é treinador por Daniel Frassom. Em Iguatu o Leão usou alguns atletas que já atuaram no time principal como Adenilson, Jô e Vinicius Baiano. No Iguatu, Macaíba resumiu o sentimento: "Tem o jogo de volta. A gente está vivo na competição". É hoje.
Qualidade
Por mais paradoxal que pareça, há jogos tidos como secundários, que acabam proporcionando qualidade superior. Não raro acontece, até pelo ambiente entre os atletas. Há a disputa, mas num clima mais cavalheiresco. Aí as jogadas fluem normal, sem aquela marcação exagerada que emperra e enfeia.
Opção
Para quem gosta de jogos médios, sem as multidões, eis uma boa opção para a noite de hoje no Castelão. Mas, para ser sincero mesmo, tipo do jogo que caberia muito melhor no Estádio Presidente Vargas, já por motivos óbvios. Só mesmo uma surpresa muito grande tirará do Leão a vaga na final da Fares Lopes.
Recordando
22 de outubro de 2007. Assim se passaram dez anos... O meia do Fortaleza, Rogerinho, nos aparelhos. O paraense Rogério Miranda Silva está com 32 anos de idade. Nasceu no dia 24 de dezembro de 1984. Jogou no Ceará, Bahia, Náutico, ABC, Paysandu, Confiança, Al Wasl (Emirados Árabes) e Vissel Kobe (Japão). Hoje está no Resende/RJ.
Vitória
É claro que o Internacional é olhado como o melhor dos melhores, até mesmo pela campanha e pelo elenco pleno de opções. Mas não é nada de extraordinário. A vitória obtida sobre o Ceará no Castelão foi produto de dois gols sofridos pelo Vozão em poucos minutos. O impacto anestesiou o time alvinegro. Um jogo atípico.
Pontuação
O histórico de vitórias do Ceará diante do Inter no Beira-Rio é bom. No próximo sábado, não há que se aventurar. É jogo para ser trabalhado, refletido. Em tudo, uma convicção: o Ceará, nestes dois jogos em terras gaúchas, dificilmente encontrará o modelo fechado que o Figueirense apresentou aqui.
Ausência
Lamentável ter Raul fora diante do Inter. Logo ele, um dos melhores do Ceará nos jogos recentes. Quebra a feição da meia-cancha alvinegra, quer no combate, quer na articulação para subir ao ataque. Marcelo Chamusca tem opções que poderão suprir muito bem, mas a presença de Raul seria a certeza da harmonia.
Eterno. Outra vez o melhor do mundo é Cristiano Ronaldo. Tem seu valor. Mas quando o assunto é o melhor do mundo, logo me vem à mente o craque Pelé. Suécia, 1958, ele, com apenas 17 anos de idade, em plena final de Copa do Mundo, dando "banho de cuia" no seu marcador sueco e concluindo com belo gol. Que me desculpe a nova geração, mas nem Cristiano Ronaldo, nem Messi, nem Neymar. Os três passam longe do "Rei". Quem duvidar, veja o filme Pelé Eterno.