O fim de semana deixa o Ceará estático. É como um pesadelo no qual você quer correr de adversários que se aproximam, mas se vê acorrentado pelos pés a enormes bolas de bronze. Quanto mais a bola pesa, mais vão passando seus concorrentes, um a um, numa interminável tortura. Após o pesadelo, a esperança. Sim, a esperança de na próxima terça-feira o Ceará também se sentir livre para correr. E ganhar. E somar pontos. Chegar aos 43, depois 46, depois 49... Um Ceará vitorioso diante do Brasil em Pelotas, do Joinville no Castelão e do Oeste em Barueri... É assim que o Ceará terá de pensar. Alto, muito alto. Se assim não for, a esperança renovada, que veio com o jogar bem diante do Luverdense, desabará em frustrações continuadas ou no funeral dos sonhos de ainda subir para a Série A 2017.
Vitória passa por eles
Custa crer que Bill tenha perdido as três claras chances que teve para fazer gols no Luverdense e dar a vitória ao Ceará. Custa crer que Rafael Costa, que deu tantas alegrias ao Ceará, máxime quando o levou a escapar do rebaixamento, esteja agora vivendo persistente má fase. Eles não podem estar tão distantes e em fila como nesta foto. Devem estar mais próximos e em permanente diálogo, pois as vitórias do Ceará terão de passar por eles.
Pique
Não sei como explicar certas coisas do futebol. Uma delas: como um time faz bonito na primeira volta do certame e, com o mesmo elenco, desonera no returno. E mais: como um time nada faz no turno e, com o mesmo elenco e treinador, dana-se a ganhar no returno. Se não houvesse um marco divisório entre turno e returno, isso aconteceria?
Teorias
Dizem que um time cai de produção no returno porque se desgastou demais no turno. Não se isso realmente procede. Outros buscam explicação na média de idade. Time mais jovem tem mais força para um campeonato légua tirana. O de média de idade avançada perde força e sucumbe na volta. Esse argumento me parece mais lógico.
Preparação
O Fortaleza tem oito dias para ajustar suas linhas, visando ao primeiro dos dois jogos que a sua torcida mais espera desde o início do ano. Dia 3, será o jogo de ida do mata-mata com o Juventude em Caxias do Sul. Deu para estudar bem o Juventude diante do São Paulo pela Copa do Brasil. As situações são diferentes, mas foi uma ótima amostra grátis.
Forte
O Juventude tem bons valores. Os alas Neguete e Pará são eficientes. A zaga é alta e forte com Klaus e Micael. Vacaria é combativo. Felipe Lima trabalha muito bem a ligação. O atacante mais perigoso é Roberson. Hugo Almeida é regular. O Fortaleza terá trabalho em Caxias do Sul. Mas dentro dos padrões. Nada de extraordinário.
Recordando
1972. Faz 44 anos. Ponta-esquerda Mimi, que brilhou com a camisa tricolor. Jogador veloz, driblador, que deu muito trabalho aos seus marcadores. Ganhou títulos estaduais pelo Fortaleza. Começou sua carreira no Messejana. Depois que pendurou as chuteiras, eu o vi poucas vezes. (Colaboração de Elcias Ferreira).
Seleção. Anotações do pesquisador Airton Fontenele: "Douglas Costa, atacante do Bayern de Munique, atuou 17 vezes pela Canarinho principal na segunda fase de Dunga (12.11.2014 a 29.03.2016). Foram 11 vitórias, quatro empates, duas derrotas. Ele marcou três gols. Devido a problemas físicos, Douglas ainda não teve vez com Tite. Enquanto isso seu substituto, Taison, do Shakhtar Donetsk da Ucrânia, atuou com Tite no segundo tempo de Brasil 2 x 1 Colômbia, pelas eliminatórias da Copa 2018".
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