Tom Barros: Situação inexplicável

O Ceará tenta hoje, no Estádio do Café, em Londrina, dar uma resposta às indagações que permanecem sem resposta. Por que o time caiu tanto após a paralisação? Por que o grupo, que na volta inicial do certame fez 35 pontos e jogos brilhantes, estacionou nos três minguados pontinhos deste returno? O que existe por trás dessa assombrosa queda de produção? O técnico Sérgio Soares não sabe. O presidente do clube também não sabe. Os jogadores não sabem. Eu não sei. A torcida não sabe. Mistério. Terrível mistério. Mas isso não é raro. A história do futebol é rica em episódios assim, ou seja, de times que despencam de uma volta para outra e de times que de uma outra para a volta decolam na vertical como foguete em Cabo Kennedy. Acompanhemos hoje, pois.

Consequência

Não é por falta de diálogo que o Ceará continuará em marcha lenta. O presidente Robinson de Castro foi muito feliz na abordagem da questão. O técnico Sérgio Soares também manteve em elevado nível a conversa com os jogadores. Estes, igualmente, aceitaram com elegância as críticas e ponderações. Agora é aguardar o resultado.

Seis pontos

Há cronista que não aceita este tal de jogo de seis pontos. Afirmam que não existe, pois em disputa apenas três. É verdade. Mas no sentida da concorrência dá para entender a colocação. Uma vitória do Ceará sobre o Londrina hoje poderá ser a retomada da autoconfiança e da auto estima. E o início de uma nova decolagem. Tomara!

Recordando

7 de setembro de 2006. Assim se passaram dez anos... Estádio Alcides Santos no Pici. Antes de um treino do Fortaleza o goleiro Albérico, ao centro, é alvo de brincadeira por parte dos companheiros. Albérico Santiago da Silva foi campeão cearense pelo Fortaleza em 2004 e 2005. Ganhou títulos de campeão pernambucano pelo Sport e pelo Náutico. Encerrou a carreira no Campinense, após ganhar o título de campeão paraibano em 2008.

Alternativo

Pelas circunstâncias, a composição do Fortaleza, mesmo sem sete titulares, tem jogadores capazes de encarar em igualdade o desafio diante do Belo amanhã em João Pessoa. Digo isso ao observar a presença de Elivelton e Max Oliveira na defesa. E de Guto, Rosinei e Pio na meia-cancha. Todos atletas de ótimo padrão.

Acessório

A propósito, o Fortaleza deve usar também uma formação alternativa no jogo de volta com o Internacional/RS pela Copa do Brasil, quinta-feira próxima, dia 22. Num papo informal que tive com Jorge Mota na TV Diário, ele deixou claro que agora a prioridade é subir para a Série B. Copa do Brasil virou acessório.

Serenidade

Na conversa pessoal que tive com o presidente do Ceará, Robinson de Castro, compreendi a postura por ele assumida. A despeito dos protestos da torcida, seria precipitação mudar um técnico que está com o time na mesma pontuação do quarto time do G-4. Se não há problemas internos, melhor é dar nova chance ao grupo e ao treinador. Robinson está certo.

Desinteresse. A disputa pela quarta vaga no Grupo B da Série C, de onde sairá o adversário do Fortaleza, tem o Juventude em quinto lugar (mesmo número de pontos do quarto colocado, o Ypiranga, que tem 27. O Ypiranga pega o líder Guarany. Já o Juventude pega o Mogi (7º). O Guarani continuará líder, ainda que perca para Ypiranga. E o Mogi, sem chances no G-4, mesmo que perca para o Juventude, não mais corre o risco de rebaixamento. Síntese: Mogi e Guarani sem nenhum interesse na rodada.

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