Conforme deixou escapar o treinador Marquinhos Santos nessa quinta-feira, o Fortaleza segue com time alternativo para cumprir sua última missão antes do mata-mata da Série C do Campeonato Brasileiro. Há quem queira a ferro e fogo que a equipe cearense alcance o objetivo ser a primeira ou segunda do grupo A da competição para ter o privilégio de fazer em casa o jogo final. Será ótimo se ficar entre os dois primeiros, mas, se assim não for, não vejo motivo para apreensões ou desenganos. Nas três vezes em que teve tal vantagem, o Leão do Pici não logrou êxito no jogo de volta. Portanto, isso é muito relativo. O melhor mesmo é deixar a vida correr, relaxar, sem gerar cobranças exacerbadas que só prejudicam. O mais difícil foi garantir a vaga no mata-mata. Garantiu. O que vier agora vem por acréscimo. Então, chegou o momento da simplificação das coisas, ou seja, encarar numa boa os obstáculos que vierem de agora em diante.
Veterano
O Fortaleza, se o quadro classificatório permanecer como está, enfrentará o Ypiranga de Erechim/RS. Lá está Marcelinho Paraíba, de 41 anos de idade. O mesmo que em 2014 disputou o mata-mata pelo Leão diante do Macaé. E, por pouco, não fez o gol que daria ao Fortaleza a classificação. Na rodada passada o Ypiranga perdeu para o Boa por 2 a 0.
Jovem
Se o Fortaleza pegar o Juventude, lá estará Romarinho, jovem de 22 anos, formado nas bases do próprio Fortaleza. Romarinho passou mais de seis anos no Leão, onde teve bons momentos. Na rodada passada, na vitória do Juventude sobre o Macaé (2 a 1), Romarinho entrou no lugar de Caprini e fez o gol da vitória.
Recordando
07 de setembro de 2006. Assim se passaram dez anos. Estádio Alcides Santos no Pici. Antes de um treino do Fortaleza, o goleiro Albérico, ao centro, é alvo de brincadeira por parte dos companheiros. Abérico Santiago da Silva foi campeão cearense pelo Fortaleza em 2004 e 2005. Ganhou títulos de campeão pernambucano pelo Sport e pelo Náutico. Encerrou a carreira no Campinense, após ganhar o título de campeão paraibano em 2008.
Sem efeito
Protesto de torcida na maioria das vezes só atrapalha o processo de recuperação de uma equipe. Não é por atitudes agressivas de alguns torcedores que o Ceará retomará o futebol da primeira volta da Série C. Se assim fosse, bastaria que, após qualquer resultado negativo, o torcedor se dirigisse à sede do clube para fazer suas descomposturas.
Com efeito
O que leva um time à recuperação é a ação conjunta da comissão técnica, diretoria e o grupo de atletas, máxime numa reunião fechada para "lavar a roupa suja". Aí, sim, poderá produzir efeito. Só atos como rever conceitos, examinar novas propostas de jogo e reconhecer equívocos podem trazer de volta o melhor. Pelo menos penso que seja assim.
Serenidade
Na conversa pessoal que tive com o presidente do Ceará, Robinson de Castro, compreendi a postura por ele assumida. A despeito dos protestos da torcida, mudar um técnico que está com o time na mesma pontuação do G-4 seria precipitação. Se não há problemas internos, melhor é dar mais uma chance ao grupo e ao treinador. Robinson está certo.
Pesquisa. Um dos melhores pesquisadores do futebol cearense é Eugênio Fonseca. Agora mesmo resgatou lembranças do extinto CRD (Conselho Regional de Desportos) que funcionava no Palácio da Luz, Rua do Rosário, nº1. Liberava alvarás para entidades esportivas. Foram seus presidentes: Mariano Rodrigues Martins (1955), Francisco Humberto Ferreira Ellery (1956), Aristóteles Canamary Ribeiro (1957), João Ramos de Vasconcelos César (1958) e Ruy Firmeza (1959).