Tom Barros: Sem assombros

Na coluna de sábado deixei registrado que a torcida do Fortaleza não poderia seguir vendo fantasmas à luz do dia nem tampouco criando monstros inexistentes. A vitória sobre o Salgueiro (3 x 1) certamente exorcizou demônios e retoma a postura de quem coloca no patamar da realidade palpável a série de dificuldades que terá pela frente. A produção do time foi boa. Deu para apagar a má impressão deixada pelas derrotas para o Cuiabá e para o ABC. Pacificado o ambiente, seria interessante que o time fosse blindado contra os maus agouros. Estes pululam nas mentes derrotistas, que somente semeiam atrasos e pensamentos negativos. Já disse e repito: o Fortaleza não é extraordinário, mas tem time para chegar ao mata-mata e para do mata-mata passar.

Discreto

Everton, após período afastado, voltou ao time titular do Leão. Uma volta discreta como, aliás, era de se esperar. A expectativa é de que gradualmente consiga entrar no ritmo mais forte, até alcançar o padrão ideal, ou seja, o que ostentava antes de padecer a contusão. Everton dá muita qualidade às saídas ao ataque pela esquerda.

Agora é a Copa

Quarta-feira o Fortaleza pega o Inter em Porto Alegre pela Copa do Brasil. Uma outra competição. Jogo de ida. Há quem diga que trabalhar em duas frentes leva ao risco de o time sobrar nas duas. Não penso assim. Ninguém pode deixar de lado a elevada cota que o Leão receberá se passar para a próxima fase da Copa do Brasil. Dinheiro bom.

Recordando

1980. Sede do Ceará em Porangabuçu. A partir da esquerda: Alves, Naldo e Edmar. Detalhes: quem herdaria de Edmar a posição (camisa cinco) de volante titular do Vozão? Alves vinha das bases. Naldo tinha vindo do Nacional de Manaus. Edmar estava indo para Guarani/SP, onde foi campeão da Taça de Prata de 1981. Edmar foi sete vezes campeão cearense pelo Vozão. Hoje é técnico de futebol. (Colaboração de Elcias Ferreira).

É hoje

Hoje o Ceará enfrenta o Atlético no Serra Dourada. No returno o Vozão ainda não sabe o que é vencer. Perdeu para o Paysandu (2 x 0) em Belém e aqui empatou (1 x 1) com o CRB. Jogou mal na Curuzu. Já no Castelão, apesar de não ter vencido, melhorou a produção e o conjunto. É incógnita o que o Vozão poderá aprontar hoje.

Reencontro

Logo mais em Goiânia a disputa vale a vice-liderança da Série B nacional. Reencontro de velhos conhecidos. O técnico do Atlético é Marcelo Cabo, que treinou o Ceará. Ele daqui saiu magoado pela forma como foi demitido. No Atlético também estão Pedro Bambu (ex-Tiradente) e Júnior Viçosa (ex-Asa e ex-Sport).

O lance

Mais que a importância do gol, verifico a criação da jogada. De onde partiu e como chegou. O nascedouro, a execução e conclusão do lance. Anselmo foi destaque na elaboração do lance do gol de Rodrigo Andrade. Perfeito no cálculo do tempo, velocidade e trajetória da bola. São momentos assim que fazem o encanto do futebol. Anselmo também fez um gol.

Finalista. Equipe da TV Diário dá mais provas de competência: está entre os finalistas do Prêmio Estácio de Jornalismo - edição 2016. A matéria "Cariri: Formação e Desenvolvimento" foi elaborada pelos companheiros Lyana Ribeiro, Elba Aquino, Luis Carlos de Lima, Laerto Xenofonte e Aline Menezes. Antecipo parabéns pelo belo trabalho. Solenidade de indicação dos vencedores e entrega dos prêmios será no dia 6 de outubro no Museu do Amanhã, o mais novo cartão-postal do Rio de Janeiro.

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