Tom Barros: Sapão da Mogiana

O próximo adversário do Ceará é o lanterna da competição. Praticamente rebaixado, o Mogi Mirim padece graves problemas internos. Há oito jogos não sabe o que é vitória. Seu último triunfo foi diante do Boa Esporte, em Varginha, Minas Gerais, no dia 8 de setembro, quando ganhou por 1 a 0, jogo válido pela 24ª rodada. Mas, mesmo vivendo essa crise toda, por incrível que pareça deu muito trabalho ao Macaé na rodada passada. Perdeu apenas por 1 a 0, quase complicando a vida do time do Rio de Janeiro. Fica a advertência ao Ceará: assim como o Macaé passou apertos, é previsível também aperto no caminho do alvinegro. O técnico do Mogi é Márcio de Azevedo, conhecido como Márcio Goiano, que foi zagueiro do Fortaleza em 2005. As condições se mostram bem favoráveis ao Ceará.

Confiança

De mais positivo nestas duas seguidas vitórias do Ceará, uma sobre o Botafogo e outra sobre o Boa Esporte, há a retomada da confiança. Se encaixar o terceiro jogo seguido com mais três pontos, consolidada estará a nova fase sob o comando de Lisca. E o jogo com o ABC será aqui. Portanto, ótima chance de somar 12 pontos em quatro rodadas.

Em duas rodadas

O Ceará poderá passar para a zona de classificação em duas rodadas. Mas não dependerá só dele. Se o Ceará ganhar seus dois próximos jogos e o Oeste perder suas duas próximas partidas, o Ceará igualará o número de pontos (38) e o ultrapassará no número de vitórias. O mesmo raciocínio vale com relação ao Macaé. A oportunidade está aí.

Expectativa

O Fortaleza vive agora a expectativa da contratação do novo treinador. Não adianta pressa. Melhor demorar um pouco para contratar o homem certo. Nesta parte, há certa dependência também com relação ao elenco. Claro que as providências com relação ao grupo só deverão ser tomadas com o aval do próximo treinador.

Incrível

Só no futebol brasileiro um time de massa, como o Fortaleza, sofre a obrigação de deixar de jogar em pleno mês de outubro. Um calendário inaceitável porque reduz sobremaneira a receita, mas as obrigações do clube continuam inalteradas. E o clube não tem à sua disposição instituições que possibilitem "pedaladas".

Pazes

Com o gol da vitória sobre o Boa Esporte, Ricardinho silenciou os que andaram criticando suas atuações. Silenciou também os que diziam que, após seu retorno, o time perdera o ritmo. Críticas que ele calou igualmente em decorrência de sua boa atuação na vitória sobre o Botafogo no Engenhão. Aos poucos o Ceará vai retomando a identidade.

Eliminatórias

A Seleção Brasileira em seus 94 jogos pelas eliminatórias de Copas do Mundo, de 1954 a 2015, usou 14 goleiros que sofreram 62 gols: Veludo (4 jogos, 1 gol); Gilmar dos Santos Neves (2, 1); Félix (6, 2); Lula (1, 0, substituindo Félix no decorrer de um jogo); Leão (6, 1); Waldir Peres (4, 2); Carlos (4, 2); Taffarel (12, 5); Dida (23, 24); Rogério Ceni (5, 2); Marcos (6, 6); Júlio César (20, 13); Jefferson (1, 2); e Alisson (1, 1 ). Taffarel, Dida e Júlio César os únicos em duas eliminatórias. Dados: Airton Fontenele.

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