Tom Barros: Ronny evitou o castigo

O Fortaleza escapou de injusta derrota para o Cuiabá. Teria sido um castigo. O Leão fez belo primeiro tempo, com ótimo desempenho de Pablo e Bruno Melo, tendo na frente Everton, Lúcio e Hiago. O goleiro Henal fez milagres. Na fase final, apesar de ter aberto o placar, gol de Hiago, teve inexplicável queda de produção. O Cuiabá cresceu com a entrada de Natan, Robinho e Bileu. Empatou com Rafael Estevam e virou com Bruno Sávio. Bonamigo tentou recuperar o controle do jogo com a entrada de Jô, Ronny e Leandro Cearense. Não deu. O time continuou mal, sem alcançar melhor organização. O gol de Ronny, o do empate, livrou da derrota o Fortaleza. E evitou um placar que seria terrivelmente injusto.

O lance

Inaceitável a queda de produção do Fortaleza depois que tomou o gol aos 17 da fase final. Perdeu o ritmo. Não conseguiu manter a intensidade do primeiro tempo. Detalhe que deve ser examinado com atenção pelo técnico Paulo Bonamigo para evitar surpresas como a que ia acontecendo ontem.

Melhores

O goleiro Henal foi o destaque do jogo pelas três defesas espetaculares que fez no primeiro tempo em conclusões de Everton. Henal, o melhor da partida. Merecem menção especial, também pelo primeiro tempo, Pablo e Bruno Melo. O Fortaleza poderia ter construído a vitória aí, se não fosse a presença de Henal.

Recirdando

Image-1-Artigo-2253885-1

1980. Foto batida há 37 anos. A partir da esquerda: jornalistas cearenses Sílvio Carlos e Alfredo Sampaio em Teotihuacan, a 48 km da Cidade do México. Foram cobrir um mundial de futsal e aproveitaram para visitar as pirâmides ali existentes. Sílvio Carlos segue no batente. Alfredo Sampaio, "Enciclopédia do Futebol Cearense", morreu há alguns anos.

O passe

É fácil apontar os defeitos do Ceará. Foram muitos em Pelotas. Mas dentre tantos erros, um lance de alta classe: o passe de Cametá que deixou Artur na cara do gol. É quando o cálculo tem a precisão dos computadores. Assim na medida certa a enfiada de bola de Cametá. Assim perfeita a conclusão de Artur. Um golaço.

Meu Deus...

O Ceará ganhou do Brasil. Mas não vale ilusões. A meia-cancha jogou muito mal. Articulação lenta e imprecisa. O ataque inexistiu porque pouco recebeu. Artur sofreu de solidão. Roberto não sabia o que fazer. Que a vitória vinda por obra e graça da inspiração final de Rafael Carioca não gere falsas impressões.

Espetáculo

Image-0-Artigo-2253885-1

O goleiro Everson voltou a ser o dono do espetáculo com a camisa do Ceará. Na vitória (2 x 3) sobre o Brasil/RS, ele fez defesas que aliaram reflexo, agilidade felina, elasticidade e consciência de posição. Um goleiro que, como poucos no Brasil, conhece o espaço em que trabalha. Um dos responsáveis pela vitória.

Amistoso. Amanhã, às 7 hs, no Estádio Melbourne Cricket Ground, (capacidade 100.00 torcedores), Brasil x Austrália. De 1988 a 2013, sete jogos entre seleções principais (cinco vitórias do Brasil, um da Austrália e um empate). O Brasil marcou 17 gols. A Austrália marcou apenas um na vitória (1 x 0, gol de Shaun Murphy) sobre o Brasil na disputa do 3º lugar da Copa das Confederações (Ulsan) em 2001, na qual Magno Alves, hoje no Ceará, atuou em três jogos. Na época ele jogava no Fluminense/RJ. (Dados de Airton Fontenele).