Convincente triunfo do Fortaleza. Desde o início o tricolor soube trabalhar sua paciente forma de jogar. E assim, sem afobações, foi impondo o jogo tocado, pensado. Aliás metodicamente pensado, sob o ritmo de Juliano, parceria de Pio e oportunismo de Daniel Sobralense. Daí, 1 a 0. Daí, 2 a 0. O Cuiabá criou algumas situações, máxime com Tito e Gilson. Mas nisso ficou. Na fase final, Marquinhos Santos deu campo ao Cuiabá. Flávio aceitou e assumiu riscos de contra-ataques. O Fortaleza passou a fazer o que é mais de seu feitio. Teve grandes oportunidades. A melhor delas com Anselmo, seguida de outra desperdiçada por Daniel Sobralense. E Flávio não soube conter o que ele mesmo no início do ano ajudou a montar. São as voltas da vida.
Imprevisível
Como voltou bem ao time Daniel Sobralense. Além do gol que abriu a goleada sobre o América em Natal, foi dele ontem a presença imprevisível que confundiu a defesa do Cuiabá. Daniel surgiu das sombras e, com dois gols, deixou atônitos Diogo, Samuel e Allison. Dele as inesperadas conclusões, consciência tática e eficiência.
Na rede, mas fora
Em dois momentos a torcida gritou gol do Fortaleza, apesar de a bola ter batido na rede pelo lado de fora. Parecia mesmo que a bola tinha entrado. Foram em conclusões de Pio. Lances tão semelhantes que deram a ideia de “repeteco”. Pio deve continuar ensaiando conclusões assim. Falta só um pouquinho mais de capricho.
Recordando
Maio de 2006. Assim se passaram dez anos...Igor, num lance de extrema infelicidade, fraturou a perna após um choque com seu próprio companheiro de equipe, Bechara, no momento de uma cobrança de falta. Igor passou um tempo em tratamento, recebendo o apoio de familiares. A partir da esquerda: a esposa Alcione, a mãe Célia e a tia Liduína. Depois, Igor voltou às atividades. Faz tempo não tenho notícias dele.
Diferença
É bom não confundir sequência de vitórias com sequência de produção. O Ceará, antes da derrota para o Luverdense, vinha de três vitórias, não de três produções convincentes. As oscilações foram visíveis. E por isso mesmo ainda não conseguiu a confiança completa da torcida. Ora dá sinais de avanços, ora dá sinais de recuo.
Pretexto
Admito que as mexidas (cartões e contusões) no time podem ter prejudicado a sintonia fina que Sérgio Soares quer alcançar. Concordo. Mas há decerto uma demora além da normalmente admitida. Para isso, Marino, Tomas Bastos, Roni, Alex Amado e companhia terão de apresentar padrão acima do que vêm mostrando.
Ausência
Claro que a ausência do meia Felipe foi sentida na derrota para o Luverdense. Sem ele o setor não funcionou com o mesmo padrão de desenvoltura. É uma preocupação a mais para a comissão técnica do Ceará. Quando não há um substituto que garanta a sequência da produção, comprometido fica o próprio objetivo do clube no certame. Isso não é bom.