Tom Barros: Pontinha de apreensão

Torcedores com uniforme do Fortaleza. Nas ruas, praças, avenidas. Nos ônibus, metrô, motos, carros, bicicletas... Todos mais confiantes do que nunca. Sabem da vantagem. Sabem que o adversário tem limitações. Sabem que a torcida do Tupi é modesta. Sabem que todos os ventos sopram a favor do Pici. Mas é natural que no íntimo dos corações ainda anja uma pontinha de apreensão. É jogo. Os torcedores do Leão com quem conversei dizem a mesma coisa: se o Tupi fizer um gol logo no início, pode complicar. O time de lá acende. Com 2 a 0 leva aos pênaltis. É verdade. Daí o lamento pelos gols perdidos no Castelão. Se 3 a 0 ou 4 a 0 aqui, em Minas seria desfile. A apreensão é natural, mas a confiança é maior.

Perdão

O padre Jânio, da Igreja dos Remédios, é espirituoso. Nunca conversa, após a missa de domingo, ele dizia brincando aos amigos: "Vejam o valor do perdão. Só foi a diretoria do Fortaleza perdoar Clodoaldo, já o time colheu os primeiros frutos. Fez o que nunca tinha feito nos mata-matas, ou seja, ganhou o primeiro jogo".

Inspiração

A propósito de Clodoaldo, que bom seria se Hiago, Lúcio Flávio e Paulo Sérgio buscassem inspiração nele, revendo em vídeo as verdadeiras obras de arte e os gols espetaculares, geniais, que em campo o Baixinho bom de bola produziu. Precisão, categoria e frieza nos arremates. Tudo a ver.

Recordando

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Década de 1960. A partir da esquerda: Marcelo Rocha e Darlan, então no Gentilândia. Marcelo fez história no Tiradentes onde só não foi presidente do clube. O bom zagueiro Darlan conheci bem. Seus irmãos Aristóbulo e Francisco Quevedo foram contemporâneos meus no Liceu do Ceará. Há alguns dias encontrei Darlan. Papo agradável.

Trajetória

Chamusca estreou no Ceará no dia 24 de junho. Ganhou do Oeste (3 x 0) no PV. Com o resultado o Ceará subiu para o sexto lugar. Seu melhor momento foi da 17ª à 20ª rodada: quatro vitórias seguidas: 1 a 0 no Paysandu em Belém, 3 a 1 no Criciúma aqui, 1 a 0 no ABC em Natal e 1 a 0 no CRB aqui. Depois disso, oscilações.

Sequência

Quando o Ceará ensaiava com Chamusca consolidar sequência de vitórias, veio a goleada sofrida diante do Boa em Minas (4 x 1). Isso causou frustração. Aí o Ceará só ganhou mais um jogo (vitória sobre o Náutico). Na sequência perdeu para o Londrina e empatou com o América. Voltou para o sexto lugar da estreia de Marcelo.

De coração

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Romário está bem na lateral-esquerda do Ceará. Só apoia o ataque numa boa. Nada de aventuras. Ele é muito responsável. Mas a cobertura deve estar mais atenta quando Romário toma a iniciativa de atacar. Algumas vezes faltou alguém para neutralizar os contra-ataques pelo seu setor. Ele se doa. De coração.

Contra o Vasco. Por que os graves erros de arbitragem em clássico só acontecem contra o Vasco? O gol irregular de Jô, feito com o braço, deu a vitória ao Corinthians. O árbitro de linha não viu. No dia 16 de fevereiro de 2014, no clássico Vasco x Flamengo, Douglas marcou um gol para o Vasco. A bola entrou quase meio metro (fotos e vídeos comprovaram), mas o árbitro de linha, bem ao lado da trave, não viu que a bola ultrapassou a linha. E o árbitro não assinalou o gol. Por que só erram contra o Vasco? Corja.