Ceará, 102 anos. Uma história, muitas vidas. Gente anônima que colaborou nos primeiros tempos; gente anônima que colabora agora. O Ceará, por vocação e destino, o time de todas as camadas, desde as mais populares às elites. Um profundo sentimento de amor que a todos uniu numa única família, acima das condições econômicas e sociais de seus integrantes. Todos vestem com o mesmo orgulho e altivez a gloriosa camisa alvinegra. Nesta longa trajetória de vida, quantas vitórias, títulos e heróis. Alguns festejados e citados no "Panteão de Porangabuçu", outros no humilde e imaginário monumento ao torcedor desconhecido, ou seja, o que participa sem ser visto, mas tão importante quanto os reverenciados. Ceará, 102 anos. Uma história, muitas vidas.
1969. O então governador do Ceará, Plácido Castelo, fala aos jogadores do Fortaleza, campeões estaduais. Da esquerda para a direita, os três últimos são o atacante Amorim, o volante Luciano Frita e o atacante Erandir, que, quatro anos depois, seria o autor do primeiro gol da história do Castelão. Faz tempo não tenho notícias de Amorim e de Luciano Frota. Vez por outra vejo Erandir Pereira Montenegro. (Acervo de Elcias Ferreira).
Ídolo maior
Nesta festa de 102 anos, a minha homenagem a todos os ídolos alvinegros, traduzida agora na saudade de Gildo Fernandes de Oliveira, o maior deles, que nos deixou no dia 9 de março deste ano. Gildo, sinônimo de gol ou o próprio gol personificado. Nele e por ele o aplauso aos todos os notáveis, de Mitotônio a Alexandre Nepomuceno, de Zé Eduardo a Sérgio Alves...
Série A
A vitória do Ceará sobre o Goiás espantou fantasmas. Já se viu que o time pode crescer na competição. É cedo ainda para sonhar com a Série A? Não, não. Está na hora não só de sonhar, mas, muito mais que isso, hora de acreditar na ascensão. Não se chega à Série A pelas últimas rodadas, mas pelas primeiras. Estas é que fazem o necessário alicerce.
Dupla
Ainda que Rafael Costa não tenha desencabulado, haja vista o longo jejum, ainda assim considero a dupla Bill/Rafael a mais adequada para formar na linha de frente. Sei que há contestações a respeito desse ponto de vista. E eu respeito opiniões contrárias. Entretanto, não vejo no momento outra composição melhor.
No caminho
O América/RN, adversário do Leão, é o líder (100% de aproveitamento). Dois jogos, duas vitórias. Seis pontos. Na estreia ganhou o clássico diante do ABC em Natal (1 x 0). Na segunda rodada, ganhou em River em Teresina (2 x 3). É treinado por Sérgio China. Não tem estrelas, mas está bem organizado. Chegou a abrir 3 a 0 no Albertão.
Mais difícil
O Fortaleza enfrentará o América na Arena Dunas em Natal, segunda-feira, às 20hs. Se o Fortaleza colocar em prática o mesmo padrão que o levou à vitória sobre o Confiança em Sergipe, terá amplas condições de trazer mais um resultado positivo. Mas vale um alerta: nada de comparar o América com o Confiança. O desafio agora é muito mais difícil.
Curiosidades. A Copa América Centenário começará sexta-feira próxima, dia 3 de junho, com uma única partida: Estados Unidos x Colômbia. Pela primeira vez a competição terá a participação de 16 países (10 da Conmebol e 6 da Concacaf). De 1916 a 2015, a Copa América (certame mais antigo do mundo) teve 44 disputas (37 oficias, 7 extras), com oito países campeões (Uruguai 15 vezes, Argentina 14, Brasil 8, Paraguai 2, Peru 2, Bolívia 1, Colômbia 1, Chile 1. (Dados de Airton Fontenele).
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