Contratação de jogadores sempre foi e será operação de risco. Às vezes, um festejado atleta não corresponde, mas sim o contrapeso. Estão aí os novos do Ceará: Rafael Pereira, Luiz Otávio, Everton Silva e Romário. Sejam bem-vindos. Passaram nos rigorosos critérios de avaliação. Aprovados pelos que cuidam do "controle de qualidade". 2016 foi um ano de muitos erros nas contratações. Alguns passaram pelo Ceará sem sequer entrarem em campo. Outros entraram em campo, mas foram alvo de ridicularia. Dinheiro jogado pela janela da incompetência. Falhas inaceitáveis para um time profissional. Resultado: um ano de fracassos em sequência e continuadas desilusões. Contratação é operação de risco. Mas, quando há diligência, o risco é bastante reduzido.
Zagueiro
Dos quatro novos contratados do Ceará, conheço melhor o zagueiro Luiz Otávio, que atuou no Icasa. Também o vi em ação no Sampaio Corrêa. Ele é muito bom. E com um detalhe: a regularidade de produção é sua marca registrada. Se mantiver no alvinegro o seu reconhecido padrão, dará muita segurança ao setor.
Expectativa
Agora é esperar pelo nome ou nomes que trabalharão na linha de frente do Ceará. A cobrança com relação à dupla de ataque é muito forte. A última dupla que ganhou o aplauso da torcida alvinegra foi Magno Alves e Mota. A dupla Rafael Costa e Bill até experimentou momentos bons, mas depois de forma inexplicável implodiu.
Sonho de criança
Técnicos do Real Madrid vieram a Fortaleza e realizaram no Estádio da Unifor uma clínica para crianças. Deram a chance de a meninada se sentir como de verdade no famoso clube espanhol. Os técnicos buscam descobrir futuros craques. Quem fez bonito foi o garoto Caio Lustosa Brito Borges Cavalcante. Na foto, ao lado de um colega, Caio mostra a camisa "Força Chape", homenagem à Chapecoense. Realizou seu sonho de criança.
Trabalho
Por gentileza, se não for pedir muito, gostaria de ver a torcida do Fortaleza num exercício de paciência para com o treinador Hemerson Maria. Senhores torcedores, deixem o homem trabalhar. Não queriam que ocorra com ele o que ocorreu com Flávio Araújo no início deste ano, ou seja, por pressão, antes de ajustar o time, Flávio logo foi demitido.
De praxe
É triste dizer e reconhecer que nos grandes clubes cearenses os treinadores que começam o ano dificilmente concluem com sucesso a sua missão. Geralmente permanecem só pouco mais de dois meses. Agora mesmo em 2016, vejam o que aconteceu com Lisca no Ceará e com Flávio Araújo no Fortaleza. Resultado: não subiu ninguém.
Exemplo
Magno Alves, o Magnata, profissional admirado por sua postura reta dentro e fora dos gramados. Em campo, goleador implacável; fora de campo, exemplo de ser humano que cultiva os valores cristãos. Trajetória de decência, dignidade e respeito, agora contada em livro. Lançamento, terça, dia 13, a partir de 17 horas na "Sou Mais" da Av. Barão de Studart, 1501, Aldeota.
Notas & notas. Amanhã a última rodada da Série A nacional. De especial apenas a luta desesperada do Internacional/RS, tentando escapar do rebaixamento. Seu treinador, Lisca, viveu situação semelhante no ano passado pelo Ceará. Aqui ele conseguiu o feito de segurar o Vozão. Mas a situação era menos complicada. Explico: o Ceará não dependia de ninguém. Jogava pela vitória simples. Venceu. Já o Inter tem de ganhar do Fluminense e torcer por tropeço do Sport/PE. Feia a coisa.