A derrota do Ceará em Porto Alegre pode ser considerada normal. Até os grandes times sabem quão difícil é encarar o Inter no Beira-Rio. O Ceará segurou. Deteve por um tempo inteiro as investidas gaúchas. O problema não foi perder para o Internacional, senão a sequência de insucessos que afundara o time antes. E mais: a notória limitação da equipe que luta bravamente, mas esbarra nas suas reconhecidas limitações. Se atuar fechado segura bem, mas os contra-ataques não funcionam. Se sobe um pouco mais, abre a guarda e mostra sua vulnerabilidade defensiva. Lençol curto. Os temores estão de volta. A luta contra o tempo aumenta. Agora é encarar o Fluminense. Mais uma vez a obrigação de ganhar.
Quatro
O Internacional foi o quarto time grande que o Ceará enfrentou após a chegada de Lisca. Empatou com o Botafogo no Engenhão (0 x 0), empatou com o Palmeiras no Castelão (2 x 2), perdeu para o Atlético no Independência (2 x 1) e perdeu para o Internacional (1 x 0). Está difícil.
Grandes
Os times grandes que não ganharam do Ceará na época de Marcelo Chamusca foram Corinthians (1 x 1) no Itaquerão e São Paulo (0 x 0) no Castelão. Os demais ganharam: Santos (2 x 0), Flamengo (3 x 0), Grêmio (1 x 0) e Cruzeiro (1 x 0). Para pensar em sair da zona, terá de aprender a ganhar de time grande.
Recordando
23 de julho de 2008. Assim se passaram dez anos... Novos contratados do Fortaleza. A partir da esquerda: Chiquinho e Michel Gaúcho. Detalhes: Paulo Francisco da Silva Paz (35 anos) teve como último clube o Cruzeiro-RS em 2016. Carlos Michel Lopes Vargas (36 anos) teve como último clube o Guarani de Venâncio Alves-RS em 2016.
Returno
Faltam só duas rodadas para a Série B chegar à metade da competição. O Fortaleza terá pelo caminho o Juventude no Alfredo Jaconi no Rio Grande do Sul e o Coritiba no Castelão. A pontuação do Fortaleza, a despeito dos contratempos, está boa. A reclamação é porque a vantagem já esteve muito maior.
Remontar
Uma coisa é montar um time. Outra, bem diferente, é remontá-lo. Quando jogadores que fazem a diferença deixam o clube, é muito difícil de imediato encontrar substitutos no mesmo grau de proficiência. Daí a luta de Ceni para remontar o time que, por circunstâncias diversas, tantas alterações sofreu.
À espera da final
Ontem tarde de festa na Barra para a foto oficial do elenco que subiu o Ferrão para a Série C. O presidente do clube, Valmir Araújo, mostrou-se confiante. Disse respeitar o Treze, que tem quatro ex-atletas corais, mas explicou que a união do Ferroviário é o principal fator do otimismo com relação ao título.
Decisão
Dizem que um time para ser campeão não tem de escolher adversário. Tudo bem. Mas no íntimo, por intuição, eu entendia que o Imperatriz seria menos difícil. Agora que o Treze confirmou sua presença, explico o motivo de minha observação. O Treze tem Mauro Iguatu, Dedé, Leilson e Maxuel Samurai que jogaram no Ferrão. E mais Marcelinho Paraíba (ex-Fortaleza), Talisson, (ex-Guarani-J) e Francisco Olivan (ex-Fortaleza). O técnico Flávio Araújo. Eles conhecem demais o Ferrão.