Tom Barros: Na raça e no coração

Missão. Paulo César Norões, que dividiu comigo este espaço dedicado ao esporte, assumiu hoje a coluna política do Diário do Nordeste. Há dias assumira a diretoria de relações institucionais, programação e jornalismo do SVM. Segue, pois, os passos do seu pai e mestre, o saudoso Edilmar Norões, que desde a fundação do jornal tratou com sensibilidade e isenção os delicados temas políticos. Agora, amadurecido por tantos anos de rádio, jornal e televisão, Paulo recebe o justo reconhecimento. Que Deus o ilumine!

Que sufoco passou o Fortaleza. O Confiança abriu 2 a 0 na fase final, gols de Cascata e Wallace. E o Leão sem jogar nada. A propósito, esqueçam o primeiro tempo, reduzido a dois momentos: um chute perigoso de Igor, do Confiança, e um chute perigoso de Pio, do Fortaleza. Só. Sumido estava o Leão. Nem de longe lembrava o baile e a vitória (4 x 1) sobre o América/MG. O Fortaleza até parecia cansado pelo esforço que fizera na quinta-feira. Mas, quando tudo parecia perdido, veio a reação tricolor. Aquela reação tão característica só dos tricolores. O Leão foi buscar alguma energia tão escondida quanto o petróleo do pré-sal. Aí, na raça, no coração, na última vontade, empatou. Anselmo diminuiu (1 x 2). Lima estabeleceu (2 x 2). Liderança mantida. Só Deus sabe como.

Apático

O que terá havido com o Fortaleza na fase inicial? Desgaste pelo esforço da vitória sobre o América? A rigor o Fortaleza só assumiu o papel próprio do Fortaleza após sofrer os dois gols. Antes, arrastava-se como a esperar que a vitória lhe viesse gratuita pelo caminho da sorte. Não veio. Só veio o empate. E da forma sofrida como assinalei.

Triste partida

Lamentei muito a eliminação do Uniclinic da Série D, surpreendido pelo Itabaiana em pleno PV. O time sergipano aplicou 3 a 2 e ganhou a vaga com todo mérito. O Itabaiana sempre foi dura pedra no caminho do Uniclinic desde a fase classificatória. Em quatro jogos o Uniclinic não ganhou um sequer: empatou três e perdeu o de ontem.

Recordando

1969. PV lotado. Rara foto do atacante Zezinho Fumaça que marcou época no Ceará ao lado do inesquecível Gildo, o maior ídolo do Ceará em todos os tempos. Juntos foram campeões do Nordestão em 1969. Zezinho era muito extrovertido. Nas viagens aéreas, costumava pegar a cesta de bombons e saía oferecendo aos passageiros. Dizia: "Aceita, balinhas, balinhas". Hoje, aposentado, Zezinho mora no Rio de Janeiro. Álbum de Elcias Ferrera.

No G-4

O Ceará não depende dos resultados da próxima rodada para terminar o turno no G-4. A vaga ele já garantiu. Quanto à posição que ocupará, aí sim, dependerá de seu jogo com o Vasco e dos resultados dos jogos Luverdense x CRB e Bahia x Atlético Goianiense. De qualquer forma, entrará no returno garantido da faixa de classificação. Ótimo.

Data

Meu Deus, como se reduz a chance de uma renda maior, colocando Ceará x Vasco/RJ numa terça-feira, às 21h30, no Castelão? Se num sábado, às 16 horas, certamente o Castelão ficaria superlotado. Afinal, o Vasco é líder; o Ceará, vice. Claro que mesmo assim haverá um grande público amanhã. Mas, se no sábado, dia 6, haveria superlotação.

Serviço

Importante a participação de Wescley no Ceará. Além dos gols, aperfeiçoou o último passe. Diante do Tupi, seu gol traduziu toque sutil que só os mais íntimos com a bola são capazes de fazer. Já em Curitiba deixou William Henrique no ponto para marcar. William fez o gol. Assim, Wescley mostra a sua capacidade na finalização e no serviço. Experimenta grande fase.