Bahia, CRB, Avaí, Londrina, quatro times de lugares tão diferentes e distantes, mas parelhos na pontuação (39) e vizinhos nas posições. Correm colados como atletas em provas de cem metros rasos. Hoje e amanhã muita coisa poderá mudar. Hoje, se o Avaí empatar com o Joinville, já tirará o Ceará do G-4 pelo número de vitórias, embora fique com a mesma pontuação. Se ganhar, o Avaí subirá para o terceiro lugar. Amanhã, Bahia x CRB. Um deles passará do Ceará. E o Londrina diante do Vila, tentará também subir dos 39. O Londrina tem o mesmo número de vitórias do Ceará (10), mas melhor saldo de gols. Faltando onze rodadas para o encerramento da Série B, é impossível uma projeção razoável. É que os times estão oscilantes demais, deixando vulnerável qualquer previsão.
Imagem positiva
Por mais paradoxal que pareça, mesmo sem ganhar do Luverdense, o Ceará produziu uma imagem positiva. Uma imagem de recuperação do bom futebol. Lembrou os bons jogos que fez na primeira volta do certame. Faltaram os gols e, como consequência, a vitória. Mas, se repetir a boa produção, terá amplas chances de retomada.
Crença
Pelo que deixou de ganhar, pelo que abusou de perder, haja sacrifício do Ceará nesta nova busca. É crer, entre tantos descrentes. É agir, sabendo que ainda pode, ainda dá, embora sob vaias, injustos apupos. Vai o Sérgio Soares à frente, olhado com confiança e desconfiança. Bola dividida. Fico com a esperança. Fico entre os crentes.
Recordando
24 de agosto de 2006. Assim se passaram dez anos... Treino do Ceará. A partir da esquerda: Sandro Silva e Paulinho Marília. Tiveram passagem rápida pelo Ceará. O volante carioca Sandro está com 32 anos. Jogou pelo Vasco/RJ em 2013. Hoje joga pelo Oeste. O atacante paulista Paulinho Marília está com 36 anos. Em 2011 foi vice-campeão e artilheiro (15 gols) alagoano pelo Coruripe. Jogou pelo CSA em 2012. Não sei em que clube está agora.
Uma só
Se houver uma vitória do Ceará, basta umazinha só, o alivio de tensões devolverá ao grupo a serenidade para realizações mais precisas e convincentes. A falta de vitória traz afobação, ansiedade e embotamento. Torna opaco o que é translúcido. Embaraça o que é simples e faz da linha reta um labirinto. Aí o atleta nem vê nem antevê. Escurece.
Motivos
A esperança de melhores dias para o Ceará tem motivos claros. Cametá voltou a jogar bem. Eduardo, idem. Baraka marcou mais e melhor. Felipe Menezes cuidou bem do ritmo e da distribuição. Nem pareceu o discreto da estreia. Não creio que Bill vá perder tantos gols outra vez. Podem produzir mais Diego Felipe e Wescley. Felipe anda sumido.
Missão especial
Passado o jogo com o Inter/RS, Hemerson Maria tem missão maior: subir o Fortaleza para a Série B. Pelo contato havido ontem, ele sabe o que tem nas mãos. Pode entrar para a história ou passar como tantos outros. O caminho da ascensão ele conhece porque o trilhou ao levar o Joinville à Série A. E o caminho da ascensão é um só. Hemerson já percorreu esse caminho.
Número sete. O médico cardiologista Emanoel Castelo Branco Mourão é apaixonado pelo Fortaleza. Diz que o sete na vida tricolor é o fim dos sofrimentos. Em 2000, após sete anos sem título estadual, o Leão foi campeão cearense numa decisão com o Ceará em Sobral. Agora o Fortaleza está há sete anos na Série C. No atual elenco, há sete jogadores que atuaram na decisão com o Brasil/RS em 2015. Superstição, Crendice? Não. A rigor são números concretos. "O Fortaleza vai subir, sim", diz o Dr. Castelo