Tom Barros: 'Muitas opções'

Aí estão os candidatos à presidência do Fortaleza: Jorge Mota, Estêvão Romcy, Adailton Campelo e Alexandre Borges. Desta vez, Sílvio Carlos resolveu não concorrer. Há, portanto, opções para variadas propostas e composições. Qual o melhor? Bom, essa avaliação caberá ao eleitor, não ao colunista. No pleito passado, tive a oportunidade de comandar pela TV Diário, ao vivo, o debate que contou com a presença desses mesmos candidatos. Numa opinião isenta, posso dizer que gostei das colocações sensatas que ouvi de cada. Entendo que, quanto maior o número de candidatos, mais beneficiado fica o eleitor. Uma serena análise comparativa ajuda a apontar quem melhor preparado está para a missão.

Julgamento

Há profunda diferença entre o candidato que já presidiu o clube e os que nunca o presidiram. O que já dirigiu terá avaliada a sua gestão, se boa ou má, se deve continuar ou deve ser barrada aí. O que nunca dirigiu será avaliado só como candidato, ou seja, se está preparado para os desafios e se tem liderança e qualificação para o cargo.

Diferença

Jorge Mota terá avaliada a sua gestão. Já Adailton Campelo, Estêvão Romcy e Alexandre Borges serão avaliados por suas propostas. Jorge, pelos atos; os demais pelos projetos. Todos, pela conduta, seriedade, compromisso. A responsabilidade do eleitor é muito grande. A escolha deve ser pela razão. Se pela paixão, será um risco.

Recordando

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Década de 1960. A partir da esquerda: Benício, volante do Ceará, e Veras, volante do Fortaleza. Foto batida no Estádio Presidente Vargas. Benício fez parte do time do Ceará, tricampeão cearense 1961/62/63. Seu irmão Guilherme foi ponta-esquerda campeão pelo Ceará. Veras ganhou vários títulos estaduais pelo Fortaleza. Veras, após encerrar a carreira de jogador, foi técnico de futebol. (Colaboração de Elcias Ferreira).

Mudou

Houve época de crise no Fortaleza que nem candidato à presidência aparecia. Não sei bem em que década isso aconteceu, mas é verdade. Hoje, quando há um leque qualificado de interessados na presidência tricolor, vejo como tudo mudou para melhor no Pici. E observem que o time ainda está na Série C. Calculem quando subir?

Treinos fechados

O Ceará passou a maior parte do ano sem permitir o acesso da torcida e da imprensa, quando dos treinos do time. Portões fechados. De certo modo, entendi a razão do técnico Sérgio Soares. Do jeito que o time está, vira alvo fácil de manifestações nem sempre pacíficas. Foi uma forma de preservar o grupo diante de possíveis agressões.

Firme e forte

Para minha surpresa vejo no futebol cearense um caso, não digo inédito, mas difícil de acontecer: a manutenção de um técnico que não vem conseguindo êxito. Há algum tempo, Sérgio Soares teria sido demitido após quatro fracassos. Agora Sérgio passou onze jogos sem ganhar, mas seguiu firme e forte. E continua. E firme continuará. Novos tempos em Porangabuçu.

Notas & notas. Tive o privilégio de ver Pelé no auge. Veloz como um relâmpago. Lamento vê-lo agora com extrema dificuldade de locomoção. O tempo pesa para todos, amigos. /// Qual o perfil ideal de um técnico para dirigir o Fortaleza em 2017? Não sei. Neste ano trouxeram um dos reis do acesso, Flávio Araújo, não deu certo. Trouxeram um emergente, Marquinhos Santos, não deu certo. Trouxeram um emergencial, Hemerson Maria, não deu certo. Taí desafio difícil, gente.