Tom Barros: Montagem lenta e gradual

Paciência é a palavra para a entressafra do futebol. Os entendimentos para renovação de contratos arrastam-se. Novas contratações são procrastinadas. Aqui, ali, um ou dois nomes. E assim vai sendo feita a montagem dos chamados times grandes. Tudo é avaliado, ou seja, passado, presente e futuro dos jogadores. Custo/Benefício na ponta do lápis. Idade e salário numa analise comparativa. Craques consumados ou promessas das bases. Predominância de jovens ou mescla de jovens e veteranos. Enfim, a demora decorre do extremado zelo que deve ter a comissão técnica, pois há que reduzir ao máximo a margem de erro. Por tudo isso a formação das equipes torna-se lenta e gradual. Paciência, gente.

Na medida

O processo de renovação e de novas contratações não deve ser rápido demais para evitar precipitações e não deve ser moroso demais para não perder a bola da vez. Nesse tipo de transação, o dirigente tem de ser muito sábio na hora de decidir. Num piscar de olhos se perde um jogador essencial ao time.

Salários

Fator difícil de ser trabalhado é o ajuste dos salários à capacidade de pagamento dos clubes. A pressão da torcida aperta os dirigentes quando há demora no fechamento dos acordos. Exceto os dos ídolos, os contratos com os demais atletas são fáceis de fechar. É o que se observa agora nos grandes clubes.

Com a bola toda

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Pio sabe os segredos da bola. Parceria íntima que poucos alcançam. É a forma de tocar, deslizar. E, antes de uma cobrança de falta, o beijo, a reverência, a concentração. É como se os dois conversassem numa afetuosa troca de afagos. Contrato renovado, ganhou o Ceará, ganhou Pio, ganhou a torcida. No Vozão o chute mais potente do Brasil.

Sem surpresa

Com relação a jogadores, nas iniciativas do Fortaleza e do Ceará não encontro nenhum surpresa até agora. Previsíveis os acertos com os que ficam. Assim no Ceará, assim no Fortaleza. Nada de contratação bombástica. Aliás, contratação bombástica nem sempre é certeza de resultado positivo em campo.

Com surpresa

Com relação a treinador, aí a vinda do Rogério Ceni para o Fortaleza obteve repercussão nacional. Nesse aspecto, Marcelo Paz a todos surpreendeu pela ousadia e conseguiu trazer para o Tricolor de Aço os holofotes da mídia nacional. Agora é esperar os frutos do trabalho de Ceni no ano do centenário do clube.

Recordando

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2007. Assim se passaram dez anos... Juninho Cearense no Fortaleza. Antes em 2002 e 2004, quando o Leão subiu duas vezes para a Série A nacional, Juninho atuava como titular. Hoje Juninho cuida da formação de atletas, comandando a Liga das Escolinhas Cearenses de Futebol. Tem experiência para ensinar.

Festa. Hoje, a partir das 15 horas, na Areninha do José Walter, as finais da "Copa Tom Barros", promovida pela Liga das Escolinhas Cearenses de Futebol. Belo trabalho do ex-jogador Juninho Cearense, Wesley Lira e Bebel. A Copa contou com 18 times (925 alunos) nas categorias sub 10, sub12, sub 14 e sub 16. Agradeço a deferência de terem dado meu nome à competição. E lá estarei logo mais. Com muita alegria entregarei o troféu aos vencedores e aos que se destacaram em vários segmentos. Valeu, Juninho!