Tom Barros: Medo vascaíno

Vasco da Gama, quatro vezes campeão brasileiro (1974, 1989, 1997 e 2000). Pela história deveria ter detonado os adversários na Série B, ganhando com folga o título. No início deu a impressão de que faria assim. Depois, vexames. Hoje está aí pendurado. Esse não é o Vasco grandioso que conheci. Pela terceira vez caiu para a Série B. Vai aceitando como normal tamanha humilhação. E pode logo mais, contrariando todos os prognósticos, ser o primeiro time grande a passar dois anos seguidos na Série B. Não por acaso está sendo levado na galhofa, na zombaria. É o que acontece quando um time perde a vergonha e não se dá a respeito. Isso não condiz com um time que teve por ídolo o capitão Hideraldo Luís Bellini, símbolo da raça e da dignidade, exatamente o que está faltando agora.

Piada

Para enfrentar o Vasco, o Ceará treinou de portões fechados. Não sei a razão desses mistérios bobos de Sérgio Soares. Ele passou todo o segundo semestre fazendo mistério. Segredo tão grande que o certame já vai terminando e nada de novo foi revelado. É tão secreto que os jogadores são proibidos de colocar em prática o que treinaram.

Limite

Tudo tem limite, amigos. A bobagem tem limite. A burrice tem limite. A frescura tem limite. Às vezes, técnico de futebol quer fazer todo mundo de besta. E faz. Sérgio Soares, mandando fechar portões para nada, fez de besta a torcida, a diretoria, a imprensa e até seus comandados. E assim mantido como se um Guardiola fosse.

Recordando

Década de 1970. Tempo em que o Vasco da Gama sabia se impor como time grande. Aí uma das formações usadas na época. A partir da esquerda (em pé): Andrada, Paulo César, Renê, Alcir, Miguel e Alfinete. Dé, Jair Pereira, Zanata, Roberto Dinamite, Luís Carlos e o massagista Santana. Anos depois, Jair Pereira e Zanata, já como técnicos, trabalham em times cearenses. Zanata foi campeão pelo Ceará. (Colaboração de Elcias Ferreira).

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Diferença

O Ceará segurou Sérgio Soares e suas bobagens até o fim. Se fosse um Flávio Araújo, um Oliveira Canindé, um Marcelo Vilar, duvido que a diretoria alvinegra tivesse segurado um deles com onze jogos sem ganhar. Ora, quando muito seguraria com três. Com quatro teria mandado embora com um pé no traseiro. Estranho, né?

Revisão

É hora de revisão geral na política adotada pelo Ceará. Essa parceria que contempla grupinho articulado a indicar jogadores ruins não pode continuar vingando em Porangabuçu. O Ceará repete essa fórmula há cinco anos. E já são cinco anos de chibata. Será que vão seguir pelo sexto ano consecutivo com discurso furado e resultados pífios?

Direcionamento

O presidente do Ceará, Robinson de Castro, precisa rever sua filosofia de trabalho, sob pena de entrar para a história do clube como dirigente campeão de equívocos. Importante tirar dos erros cometidos lições de vida para a retomada. Cuidado com a lábia dos lobistas que querem colocar no Ceará material humano duvidoso, próprio dos enganadores.

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Fórmula. O leitor Carlos Rossatti mandou-me inovador projeto para o Campeonato Brasileiro de futebol, com calendário anual que equilibre clubes grandes e pequenos. Trunfo: sistema de ingresso nas 1ª, 2ª, 3ª e 4ª divisões nacionais. Nenhum time começará o ano garantido em nenhuma divisão. O desempenho no primeiro semestre é que determinará em que divisão o time jogará no segundo semestre. Sugestão interessante, mas complexa. Analisarei melhor depois. Sugiro ao Rossatti enviar cópia à FCF e CBF.