Hoje, diante do Santos, o Ceará segue na sua árdua missão de sair da zona de rebaixamento. Após a Copa, nenhum clube brasileiro teve melhor aproveitamento que o Vozão. A defesa, antes vulnerável, tornou-se sólida. A meia-cancha ainda carece de melhor trabalho na transição. É um dos problemas que Lisca terá de resolver. Na frente, a esperança de que Juninho Quixadá, Arthur e Leandro Carvalho repitam a bela atuação que tiveram diante do Fluminense. Se assim for, amplas as condições de o campeão cearense somar mais três pontos. Vale lembrar que, com este jogo, Ceará e Santos ingressam antecipadamente no returno, pois a partida faz parte da 20ª rodada da Série A. Superlotação logo mais no PV.
Duas frentes
O Santos trabalha em duas frentes. Na Copa do Brasil, quarta-feira passada, perdeu em casa para o Cruzeiro (0 x 1) no primeiro jogo. Na Série A, sábado passado, empatou com o Botafogo (0 x 0) no Engenhão. O técnico Cuca tenta reconstruir um time ofensivo e vencedor, mas até agora não conseguiu.
Goleador
Atenção da defesa do Ceará no atacante Gabriel, Gabigol, que, a despeito dos insucessos na Inter de Milão e no Benfica, continua goleador perigoso. Já assinalou cinco gols pelo Santos, apesar de a campanha santista ser pífia, ocupando apenas a 17ª posição, com 17 pontos, três a mais que o Ceará.
Valorização
A Taça Fares Lopes terá muitas novidades este ano. No Fortaleza, as anunciadas presenças de Otacílio Marcos (ex-Iguatu), Itaitinga (ex-Tiradentes) e Clodoaldo, o Baixinho Bom de Bolas, são a certeza de que o clube pretende aproveitar a competição para usar atletas que depois poderão servir ao time principal, exceto Clodô.
Saída gradual
Clodoaldo vai se despedindo. Despedida gradual, em jogos da "Fares Lopes", últimas chances para as novas gerações ainda verem um pouco deste que foi, na minha avaliação, um gênio da bola. Dentre os cearenses que vi em ação, o melhor foi o genial Mozart Gomes. Mas, nos últimos 20 anos, o melhor foi Clodô.
Nos bastidores
O título de campeão brasileiro da Série D 2018, efusivamente comemorado pelo Ferroviário, teve nos bastidores o trabalho perfeito do diretor executivo Jurandir Junior. Discreto, seu nome pouco foi citado, mas todo o planejamento passou pelo crivo de Jurandir, exímio conhecedor de futebol.
71 anos. O Santos enfrentou o Ceará pela primeira vez no dia 22 de dezembro de 1946 no PV. Um amistoso. O Santos ganhou (5 x 2). Árbitro José Nogueira (Planika). O Santos: Osni, Artigas e Expedito; Nenê, Dacunto e Ayala; Pirombá, Canhoto (Zeferino), Caxambu, Adolfrises (Maracaí) e Ruy. Técnico: Abel Picabéa. O Ceará: Walter (Pintado); Saraiva e Popó; Ozéias, Odilon (Andrade) e Pereira; Balinha, Defeito, Charutinho, Lima e Mitotonio. Gols do Santos: Caxambu (3), Adolfrises e Pirombá. Gols do Ceará: Charutinho e Odilon.