Tom Barros: Inteligente, mas utópico

Carlos Rossatti Brianza Junior, 33 anos, estudante de Ciências Atuariais na UFC e apaixonado por futebol, enviou-me um estudo que fez sobre as formas de ascensão nas séries do Campeonato Brasileiro. Ele propõe modelo revolucionário, inteligente, mas, creio, por isso mesmo de difícil aceitação. Começa que no início de cada ano nenhum clube teria vaga garantida em nenhuma série, pois o seu desempenho no primeiro semestre é que definiria em que série estaria no segundo semestre. A base do Brasileirão seria o resultado dos "estaduais", que funcionariam como seletiva para se chegar aos 20 participantes de cada série nacional. Rossatti entende que com isso valorizaria os "estaduais". As seletivas locais dariam vagas aos regionais e nacionais.

Recordando

Década de 1970. Cecasa, de Barbalha. Time da Cerâmica do Cariri S/A, empresa então presidida por Eudoro Santana, pai do atual governador Camilo Santana. Time de vida efêmera, mas considerado grande na região do Cariri. A partir da esquerda (em pé): Alvir, ? , ? , Da Juana, Domingos e Fidélis. Na mesma ordem (agachados): Saraiva, Moisés, Anduiá, Cafuringa e Marcondes. (Colaboração de Wilton Bezerra).

Encadeamento

A proposta de Rossatti é que a partir do certame estadual comece a se definir qual divisão o clube irá jogar no segundo semestre. O encadeamento seria assim: do "estadual" para as copas regionais e destas para os certames nacionais. Haveria, pois, um gancho classificatório em cada competição. Os estaduais seriam valorizados.

Utopia

Não há como numa coluna dissecar todo o modelo enviado pelo leitor. Fiz só um resumo. Sugeri que ele enviasse cópias aos clubes, federações e CBF. Mas creio que os clubes e as redes de TV jamais aceitariam desmanchar a atual estrutura de acesso e descenso em vigor. Dentro da atual realidade, o projeto é utópico, caro Rossatti.

Certidões

Não sei como os clubes ainda se embaraçam numa coisa tão simples que é obter certidão negativa nos âmbitos federal, estadual e municipal. Há o ano todo para a regularização das pendências, mediante composições. Mas a desídia parece impregnada na mentalidade dessa gente. Não custa nada fazer a coisa séria e correta.

Cidadania

Na década de 1970, Serginho (Sérgio Augusto Cavalcante Ribeiro) brilhou no futsal da Capital e também no futsal de Orós, time pelo qual foi tricampeão municipal e campeão cearense. Hoje, na Câmara Municipal de Orós, Serginho recebe o título de cidadão icoense. Merecida honraria a quem muito fez pelo futsal.

Sem entraves

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O presidente da FCF, Mauro Carmélio, se não quiser comprometer a imagem da entidade por ele dirigida, deve estar atento à Série B cearense 2017. Cuidado para não deixar que se repita o "festival" de WO registrado este ano. Seria também interessante tentar evitar polêmicas e tapetões que terminam enodoando qualquer tipo de competição.

Luto no rádio. Morreu o notável narrador esportivo José Cabral, que marcou época no rádio cearense e no rádio do Rio de janeiro. Na década de 1960, trabalhei com ele na Rádio Uirapuru, numa equipe que tinha também os queridos companheiros Júlio Sales e Vilar Marques. Depois José Cabral, dono de belíssima voz e precisão nos lances, fez muito sucesso entre os cariocas como narrador da Rádio Tupi e, posteriormente, na Rádio Tamoio. Cabral era também oficial da Força Aérea Brasileira. Fica a saudade.

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