Foram vinte segundos entre o início do jogo e o gol de Gustavo: Fortaleza 1 a 0. Vinte segundos para sintetizar a superioridade que teria Fortaleza em todo o primeiro tempo. O Floresta amarrado. Leão poderia ter aberto uma goleada, pois Osvaldo e Edinho desperdiçaram duas incríveis oportunidades. Logo depois, Edgar atrapalhou-se num cruzamento de Edinho e assinalou contra (2 x 0). Na fase final, a reação do Floresta que cresceu com a entrada de Bruno Ocara e Paulo Vyctor. Diminuiu o placar com Bruno Ocara (2 x 1). Chegou a incomodar o Fortaleza, mas lhe faltou o algo mais na hora da superação. Exatamente aí o golpe final do Fortaleza: perfeito cruzamento de Alípio para Gustavo fazer 3 x 1. Gustavo é a diferença.
A vantagem
O Fortaleza vai com margem para o jogo de volta: pode até perder por um gol de diferença. Mas vale uma advertência: em momentos da fase final o Leão deixou fugiu o controle da partida, máxime quando o Floresta trabalhou mais em cima com Wallace, Ocara, Cariús e Paulo Vyctor.
Finalizações
Nos jogos de definição, o elevado índice de erros nas finalizações pode ser fatal. Edinho perdeu dois claros momentos de gol. Osvaldo também sozinho deixou passar. Gustavo perdeu grande chance, mas este tem crédito, pois acerta muito mais. Outro ponto importante: manter a intensidade nos dois tempos.
Recordando
1966. Ferroviário no desfile do Torneio Início no PV. À frente da delegação, o atacante Kitt Rola, hoje médico conceituado. Incrível coincidência: ele e o mascote usam uniforme semelhante ao atual uniforme do Ferrão, com três faixas diagonais. Já o time, atrás, usa o uniforme tradicional, com listas horizontais. (Colaboração de Elcias Ferreira).
Fácil, fácil
Numa espécie de ritmo de treino, o Ceará ganhou do Uniclinic. E abriu boa margem para o jogo de volta. Confesso que esperei maior resistência do time de Luan Carlos. Mas não foi assim. Pouco a pouco, o alvinegro foi engolindo o adversário. E os gols foram acontecendo naturalmente como numa pelada de fim de semana.
Porteira aberta
Juninho abriu a porteira (1 x 0). E por ela foram entrando Pio (2 x 0), Ricardinho (3 x 0), Arthur (4 x 0), Arthur (5 x 0), Elton (6 x 0). O Uniclinic aparvalhado, sem saber o que fazer em campo. Tipo do jogo de um lado só. O Ceará a dominar. O Uniclinic humildemente recolhido à sua posição inferior.
Genuflexo
Coincidência ou não, neste início de Semana Santa eis de joelho o técnico do Ferroviário, Ademir Fonseca. Não sei a razão por que Ademir ficou genuflexo, posição rara para um treinador à beira do campo. Ele terá agora grande desafio, dia 4 de abril, pela Copa do Brasil, no Estádio Independência em Belo Horizonte: despachar o Atlético. Há esperanças pelo que o Ferrão vem fazendo lá fora. Mesmo assim, haja prece!
Observações
Richardson destacou-se pelo empenho absoluto. Para ele não havia bola perdida. /// Arthur mais uma vez confirma sua vocação de artilheiro. E acrescentou um belo passe para o gol de Elton. /// Goleiro Everson, privilegiado observador, principalmente no segundo tempo. /// No Uniclinic foi para o espaço a tentativa de duas linhas de quatro e contra-ataques em saídas rápidas de Ronda para Marcelo Nicácio. /// Os alas Berg e Zé Aquiraz sumiram nas brumas da maior goleada do estadual.