Tom Barros: Grau de frustração

Recordando

Não sei até que ponto a goleada sofrida pelo Guarany, imposta pelo Coritiba (0 x 3) no Junco, afetou a confiança do grupo para a disputa das semifinais com Fortaleza. A eliminação direta do Bugre na estreia pela Copa do Brasil gerou frustração. Mas o grau da frustração é impossível determinar. Afirmam alguns analistas que a frustração logo se esgota, não passando de uma competição à outra. Cada jogo teria sua própria história. Se assim for, creio, o elenco rubro-negro saberá separar as coisas. Enquanto isso, longe das inquietações e na calmaria do Pici, o Fortaleza revela-se inteiro para a disputa. A benfazeja semana de folga permitiu ao Leão recompor energias, recuperar atletas e concentrar esforços no objetivo principal. Mas, como está posto no jargão do futebol, jogo é jogo.

Argumentos

Se cada partida tem sua própria história, as quatro recentes vitórias do Fortaleza sobre o Guarany permanecerão nos limites de suas realizações e não terão, portando, qualquer influência na partida de hoje. Questiono quem argumenta assim. Acho mesmo que uma sequência de derrotas acabrunha demais quem perdeu.

Força

O Guarany tem bons jogadores como André Zuba, Eduardo, Patuta, Tininho, Alan e Jean. Gostei muito do desempenho de Thiano quando entrou na fase final de uma partida que foi transmitida ao vivo pela TV Diário. Acho até que ele poderia ser melhor e mais utilizado pelo técnico Junior Cearense. Mas as opções no Bugre são mais limitadas.

2006. Assim se passaram dez anos... Festa de posse de Sebastião Belmino como presidente da APCDEC. A partir da esquerda: comentarista esportivo Osvaldo Azin, cronista esportivo e advogado Aderson Maia Nogueira e o então presidente eleito Sebastião Belmino. Ontem, cronistas esportivos elegeram Alano Maia presidente da APCDEC. Alano é profissional dedicado, competente. Tem tudo para realizar belo trabalho.

Outra semifinal

O Uniclinic é detentor de futebol de alta qualidade, máxime quando inspirados Guídio, Leanderson, Diogo, Enercino e Preto. Problema é a oscilação. Vi jogos em que deram uma aula; vi jogos em que sumiram em campo. Pode ser que na reta de definição sejam mais constantes. No jogo de amanhã no Romeirão isso será fundamental.

Arrancada

De quase rebaixado a semifinalista. Assim o Guarani que Edson Leivinha encheu de moral. A ala direita se sobressai com Everton (ótimo na função) e Ronda. Nilson, quando em forma, também dá qualidade pela esquerda. Cérebro é Adenilson. Eficientes Gleidson, Eduardo Erê, Fernando e Philco. Ganhou consistência na reta fina.

Destaque

O Campeonato Cearense chega às fases derradeiras. Numa avaliação geral, dos jogadores disputantes quem alcançou ótima visibilidade pelas belas partidas e gols que marcou foi o meia Diogo, do Uniclinic. Precisa apenas conter alguns impulsos que o levam a discussões estéreis em pleno andamento da partida. Já é hora de um puxão de orelha, caro Maurílio Silva.

Explicação. Manuela Viana, assessora de comunicação da FCF, questionou comentário que fiz sobre a o escasso número de clássicos no "estadual". Ela explicou que a FCF não tem culpa dessa escassez, pois são os clubes que elaboram o regulamento, fato que isenta a FCF. É verdade. Manuela tem razão. Mas na época do Fares e do Mário Degésio eles pugnavam junto aos clubes para que houvesse mais clássicos. Era questão de sobrevivência. Sobre isso farei comentário maior posteriormente.

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