Tom Barros: Em torno do G-4

Pela atual classificação da Série B, observa-se que está muito equilibrado o nível dos disputantes. Quem tem 20 pontos, por exemplo, gira bem próximo do eixo principal da competição, o G-4. Uma espécie de satélites, mas com órbitas que mudam a cada rodada. Hoje o Ceará tem condições de reduzir sua diferença para o líder do grupo, o Vasco da Gama. Ganhar do Bahia é a missão. Pelos resultados gerais, a maioria com placares apertados, está patente que não existe jogo fácil. Não gostei nem um pouco da produção Ceará no empate com o Bragantino (1 x 1). Para superar o Bahia, pelo menos na minha visão, a meia-cancha do Ceará terá de produzir muito mais. E gerar mais oportunidades de gol para os homens da frente. Se assim não for, o Vozão correrá riscos, embora em casa.

Atacante

O Bahia tem no comando do ataque Hernane Brocador. Dele inclusive um dos gols da vitória sobre o Oeste na rodada passada. Hernane, há poucos dias, confirmou interesse do Flamengo, seu ex-clube, mas optou por ficar mesmo no Bahia, onde goza de prestígio junto à torcida. Os zagueiros do Ceará devem ficar bem atentos.

Zagueiros

A propósito do alerta sobre Hernane Brocador, os defensores alvinegros Valdo, Charles ou Sandro, seja que composição for, não podem perder de vista também Thiago Ribeiro, que foi emprestado pelo Santos ao Bahia. É um jogador muito experiente, com boas passagens pelo Cagliari/IT e por São Paulo, Cruzeiro e Atlético. Olho vivo, pois.

Recordando

Década de 1980. Time juvenil do Ceará Sporting Club. A partir da esquerda (em pé): ? , Expedito, Alves, Flávio Araújo, Paulinho e Neto (filho do saudoso ídolo do Fortaleza, mas técnico do Ceará no tetra de 1978). Na mesma ordem (agachados): Paulo Sérgio, Felinto Holanda, Josué, Jorginho e Paulinho. Detalhes: hoje Flávio Araújo, Felinto Holanda e Josué são técnicos de futebol. (Colaboração de Elcias Ferreira).

Voando

O Asa/AL vem com tudo. Sem trocadilho: voando mesmo. Invicto. Líder. Cheio de moral. Bateu no Paysandu em Belém. Bateu no América em Natal. Mudou de técnico na quarta rodada, mas não perdeu o ritmo. Mesmo assim, ainda considero o Fortaleza favorito, desde que o Leão retome o futebol que sabe jogar.

Qualidade

O Fortaleza, mesmo com a perda de alguns jogadores importantes, tem elementos para manter a qualidade. Uma meia-cancha com Juliano, Pio e Corrêa, por exemplo, pode desenvolver melhor futebol. E há ainda jogadores com ótimo potencial para entrar como, por exemplo, Maranhão e Rosinei. Mas esses terão de buscar limites mais elevados.

Canhão

De certa época para cá, máxime após as belíssimas apresentações diante do Flamengo, aqui e no Rio, o volante Pio conquistou espaços e ganhou as graças da torcida. Para ampliar seu prestígio, pode usar mais sua "arma poderosa" que poucos jogadores no futebol brasileiro têm: um canhão nos pés. Pode arriscar mais nos tiros longos de fora da área e nas cobranças de falta.

Olimpíada. A propósito da competição este ano no Rio de Janeiro (de 3 a 21 agosto), com a participação de 206 países, lembramos o lema difundido pelo educador francês Pierre de Frédy, Barão de Coubertin, principal responsável pelo restabelecimento dos Jogos Olímpicos da era moderna em1896, em Atenas, e primeiro presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional por 30 anos: "O importante não é vencer, mas competir e com dignidade". (Colaboração de Airton Fontenele).

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